sexta-feira, setembro 20, 2024
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Critica | Cemitério Maldito (2019)

Com uma mixagem de som impecável, Cemitério Maldito é um filme recheado de Jump-scares que vai direto ao ponto.

Baseado na obra de Stephen King, essa nova versão de Cemitério Maldito (Pet Sematary), eleva a história original a outro patamar e entrega um bom longa aterrorizante, e diferente da adaptação de 1989 que teve baixo orçamento, percebemos que essa nova versão não poupou nos gastos e utilizou todos os adereços possíveis para assustar.

Dirigido por Kevin Kölsch e Dennis Widmyer, o longa não tenta te enrolar em nenhum momento, apresenta uma história bem redonda e direta, que não se estende e ao mesmo tempo consegue contar tudo e juntar todas as pontas soltas.

O longa segue a família Creed se mudando para uma nova casa, com o intuito de deixar a  estressante metrópoles, para ficar em um local sereno, – eles não devem ter pesquisado essa casa antes de comprar, até porque ela é a beira da estrada – a propriedade é rodeada por hectares de matagal, onde logo no começo vemos um cemitério de animais, que a jovem Ellie (Jeté Laurence) vai explorar, enquanto sua mãe Rachel (Amy Seimetz) está desempacotando a mudança. Até então tudo está bem, o patriarca Louis (Jason Clarke) está trabalhando como médico da universidade local, o filho mais novo Gage (Hugo/Lucas Lavoie), está dormindo e Ellie está beirando um cemitério de animais, onde ela acaba por encontrar o bondoso vizinho Jud (John Lithgow), que logo faz amizade com criança e sua mãe, e explica que o lugar é um local onde todos da região param para enterrar seus animais para assim as almas serem resguardadas, em seguida Jud avisa para tomarem cuidado com aquele local – coisa que mais pra frente ele mesmo ignora – todos são introduzidos de uma maneira bem rápida, sendo que Rachel começa a ter flashbacks  de sua irmã morta e deformada e Louis é assombrado pelo fantasma de um aluno morto, vítima de um acidente de carro.

Essa nova versão não tenta copiar o livro e se distancia bem do filme original, pois o contraponto entre a vida e a morte é abordado mais diretamente, e segue mostrando as consequências de trazer alguém novamente a vida, sendo que o ponto mais marcante do filme é divulgado no material de marketing do filme, porém continua a assustar quando você vê na telona, graças a excelente mixagem de som, que deixa as cenas assustadoras.

Jeté Laurence que interpreta Ellie Creed, rouba as cenas quando está como sua versão morta viva, ela eleva o patamar do longa de uma forma inexplicável; Você até pode pensar… Nossa como uma criança consegue causar tato estrago? mas as cenas correm em um ritmo tão rápido que você acaba esquecendo de se perguntar novamente. Jason Clarke tenta ser demais e acaba se perdendo no seu personagem Louis, ele é futíl e se subestima a todo momento, com reações subversivas, que não completam seu personagem, só deixam ele mais egocêntrico. Amy Seimetz como Rachel tenta apresentar um lado sombrio de personagem e se flagelar pelos acontecimentos passados, porém tudo é tratado como jump-scares e o espectador acaba ignorando os pilots dela. Para finalizar John Lithgow vive o vizinho Jud, e o trata somente como um ajudante do diabo que leva Louis para o caminho ruim.

A história segue no ritmo frenético, que distrai e ao mesmo tempo assusta, se mostrando eficaz e divertido, e evita apresentar um enredo genérico, que acabaria se tornando patético. O terror só funciona por conta da excelente introdução, que tivemos referente a família principal.

 

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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