Esse episódio, nos mostrou a USS Discovery desaparecendo mil anos no futuro, aparentemente para nunca mais ser vista no século 23.
Além da viagem no tempo, também descobrimos quem era o viajante, que estava deixando os 7 sinais. O final dessa segunda temporada de Star Trek: Discovery consegue unir todas as pontas soltar, ao mesmo tempo que abre novas vertentes para a 3ªTemporada que já está confirmada. Esse segundo ano pisou na bola em alguns momentos, e teve muitos episódios emotivos, e outros muito desnecessários para o contexto geral, porém tudo foi explicado mesmo que de uma forma rápida nesses dois últimos episódios.
O principal arco dessa temporada foi o Anjo Vermelho, e sua procura incessante, foram reveladas antes mesmo do final da temporada, sendo mostrado a mãe de Burnham como a viajante do tempo, porém ela diz que os 7 sinais não foram causados por ela, então surpreendentemente – não pra nós mas sim para o pessoal da discovery – era a Burnham que estava mandando os sinais no espaço para eles chegarem onde eles estão nesse ultimo episódio. A tentativa dos roteiristas de fechar esse loop, fica meio arrastada e confusa, eles perderam um pouco a mão da primeira para essa segunda temporada, porém conseguimos entender depois de pensar muito na resolução.
Spock e Pike e o resto mentem para a Frota Estelar sobre o verdadeiro destino da nave, mas a decisão também é feita para basicamente limpar a Discovery e sua tripulação dos livros. Mas por que exatamente? Claro, pode-se argumentar que todo o tempo que as viagens com o Anjo Vermelho precisam permanecer em segredo, e se supõe que isso também é verdade no impulso dos esporos, que também viajou no tempo na última temporada.
A última conversa de Michael com Spock é o que ela basicamente diz a ele, em muitas palavras, para encontrar o seu … Kirk. Se você está disposto a ceder ao show apesar de suas fraquezas ocasionais, se você se abrir – como as asas de um Anjo Vermelho se espalhando! – com a ideia de que, sim, Spock uma vez teve uma irmã chamada Michael que ele perdeu, então este é um momento que funciona. E se você não está disposto a aceitá-lo, então talvez seja hora de apenas passar para um show diferente.
Mas isso também ilustra o que é frustrante sobre a redefinição que acontece aqui. Porque depois de dois anos de luta para se estabelecer no ecossistema de “10 anos antes da TOS”, parece que a Discovery desistiu, mesmo que por pouco tempo, de se afastar de todos esses riscos de continuidade. Nós vamos ter que ver o que acontece na terceira temporada, parece.
Vale notar que a almirante Cornwell está morta, porque precisávamos de apostas dramáticas e seu personagem não estaria disponível para a terceira temporada de qualquer maneira. Mas saindo do foco dos irmãos e da morte esperada, a criatividade da série colocou Stamets e Hugh reunidos quando Paul está ferido, embora esse arco não cumpra o que prometeu para o relacionamento, nos conseguimos ter um frescor da primeira temporada. A seção 31 está precisando de uma “revisão radical” e Tyler é o homem no comando agora, enquanto Control está preso ao chão em engenharia no Discovery. Tudo isso está girando enquanto a Enterprise está seriamente danificada, e logo depois no final desse mesmo episódios ela está seguindo para uma nova missão, com Spock sem sua barba e Pike e a comandante Um, empolgados, para voltar a suas missões.
