Projeto Gemini está em desenvolvimento a quase 20 anos e agora toma forma de um jeito inovador.
Fomos convidados, pela Paramount Pictures para assistir a três cenas do filme, além de conferir uma entrevista com o elenco. A cenas em questão eram cenas de ação, sendo uma delas mais dramática, porém no geral todas usaram e abusaram da tecnologia, que estava a disposição.
Dirigido pelo vencedor do Oscar Ang Lee (As Aventuras de Pi) o longa é estrelado por Will Smith como Brogen, um cara que tem que enfrentar um clone mais jovem de si mesmo chamado Junior. Com MUITO CGI, o Junior, acaba se tornando estranhamente realista, e isso foi o grande destaque abordado não só pelos críticos na sessão como também pelo Will e pelo Ang.
Então como mencionei, além das três cenas, conferimos alguns featurette e o último trailer lançado, que deixarei logo abaixo:
O filme foi filmado a excepcionais, 160 quadros por segundos e todas as filmagens, gravadas digitalmente foram apresentadas em um 3D, que eles nomearam de 3D+. As cenas de “ação”, orquestradas no filme estão espetacularmente realistas e os cenários desse e a ambientação presentes me remetem muito a saga 007 e Missão Impossível.
A cena inicial, mostrou uma luta do Brogen com o Junior, eles aparentemente não se conheciam até então, e rapidamente eles entram em um intenso tiroteio com uma granada jogada contra um espelho e depois jogada para o alto. A cena é muito bem coreografada, e a poeira presente no ambiente é bem utilizada pelo Lee, com seu novo atrativo o 3D+.
A cena seguinte, acontece em outro país, podemos notar uma catacumba cheia de ossos, e aqui podemos ter Will Smith cara a cara com o jovem Will Smith. Nesse momento as sequências de luta são mais rigorosas e precisamente bem executadas. O Junior criado digitalmente é perfeito, os socos são tão convincentes, que se tornam naturais. Essa cena em questão é de tirar o folego. Além disso Mary Elizabeth Winstead apareceu nessa duas cenas, porém sua personagem por enquanto não teve um destaque, na primeira ela só apareceu de relance, e na segunda ela apareceu como uma prisoneira do Junior, que foi resgatada pelo Brogen. Pelo menos na segunda ela teve um monólogo bem engraçado, como Junior.
A terceira e última cena foi sem ação e teve mais emoção. Aqui foi a cartada final, para agradar os críticos – e funcionou perfeitamente! – a performance em questão foi totalmente dramática, com o Junior conversando com o seu “pai”, Verris (Clive Owen) – que é o nosso vilão antagonista – os dois estão em uma sala fechada, e o Junior está questionando sua ralidade. Ang Lee sabe equilibrar a ação anterior com toques de drama e obter uma atuação impactante do Will, com uma cena tocante, em que ele chora.
A principio, a nova tecnologia, pode te deixar um pouco incomodado visualmente! É tudo muito nítido e cristalino, a taxa de frames é acelerada, em logo na primeira cena eu senti um incomodo, que passou rapidamente, mas ainda assim foi meio estranho ter uma luminosidade tão alta e uma aceleração tão abrupta.
Muito dessa nova imagem foi construída para dar vida ao Junior, que segundo próprio Smith, “Esse personagem mais jovem não sou eu. Ele é um personagem 100% digital. Eles não pegaram minha imagem e apenas esticaram alguns pontos. Este é um personagem CGI, e isso é parte mais espetacular disso. Eles estão usando minha performance para criar os elementos, então a pele apresentada é toda de CGI, não é a minha pele, mas a performance é toda minha. A equipe de efeitos especiais da Weta fez algo que nunca vi antes. ”
A Weta Digital foi responsável por dar vida a Alita, no filme Alita: Anjo de Combate, além de dar perfeição, ao Thanos, em Vingadores: Ultimato. A Weta trabalhou para diferenciar a o Will, velho, para o Will novo.
Projeto Gemini chega aos cinemas em outubro de 2019.