terça-feira, julho 2, 2024
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Critica | Vox Lux: O Preço da Fama (2018)

Vox Lux: O Preço da Fama mostra uma dupla visão do estrelismo, sendo que o filme segue em uma narrativa diferente do esperado.

Desafiador tanto para a equipe de produção, quanto para o elenco, esse é um daqueles filmes sensíveis, que sabe seguir outro caminho sem perder em nenhum momento sequer sua real motivação e seu gás, Natalie Portman arrasa como a versão adulta da protagonista Celeste porém minha salva de palmas vai para a perfeitas e intocável atuação de Raffey Cassidy que vive a jovem Celeste, a atriz de apenas 16 anos já me era familiar do não tão popular Tomorrowland da Disney, onde ela interpretada uma robô inexpressiva então foi difícil identificar a atuação dela, – mesmo eu tendo me apegado com a personagem – já nesse filme ela carrega o filme nas costas mais ou menos 1h10 do filme, e logo em seguida chega Portman impecável como sempre. Cassidy teve que expressar uma bagagem emocional e soltar o vozeirão para extravasar seus sentimentos reprimidos, e tudo funcionou perfeitamente, até mesmo o encaixo de Portman como Celeste adulta e Cassidy como sua filha rebelde adolescente.

O longa do diretor Brady Corbet mostra dois contrapontos um sobre o peso da música pop nos adolescentes de hoje em dia, e faz uma conexão a uma tragédia nacional, e mesmo mostrando a tragédia o filme não quer que você sinta a dor, ele quer te mostrar o quão alienado você fica com uma música e acaba esquecendo do reais acontecimentos, é quase como mascarar algo que você está vendo. 

Celeste (Raffey Cassidy) é uma aluna comum que está com seus 13 anos de idade, e presencia em sua frente um tiroteio em sua escola, nisso ela é baleada no pescoço e carrega esse trauma para todas as suas sessões de re-habilitação – mesmo ela não apresentando o trauma, é perceptível ao decorrer do filme. Recuperando-se no hospital, ela e sua irmã Eleanor (Stacy Martin) passam o tempo escrevendo uma música para homenagear seus colegas mortos no ataque, ela acaba cantando a musica no velório que está sendo televisionado e do nada ela vira uma se sensação, todos querem sentir a dor que ela está sentindo, enquanto ouvem a música. Então um empresário (Jude Law) vem até ela e oferece uma oportunidade para leva-la para Nova York, e a transforma-la em uma sensação do pop, ela logo aceita e parte em uma jornada com sua irmã e seu novo empresário.

Vox Lux tem uma coisa que me irritou profundamente, as boas música, a cantora/compositora Sia, esteve por trás de todas as produções musicais do filme, e eu não consigo tirar as músicas da minha Playlist, eu ouso varias vezes e não me canso de lembrar do filme, parece até lavagem cerebral, mas só é uma simples música bem escrita e bem interpretada – tanto por Portman quanto por Cassidy.

Celeste fica grávida depois de uma festa – claro isso faz alusão aos anos 2000 e poucos, onde muitas divas do pop engravidarão – então em uma cena somos jogados até 2018, onde conhecemos a Celeste, de Natalie Portman, ela vem se tornando uma drogada inescrupulosa, meio instável, uma personalidade da mídia, que aparentemente não lucra mais como antes, e agora tem que dublar vídeo-games para viver. Ela faz seus show para engrandecer seu alter ego, ao mesmo tempo que ela insulta terroristas – um grande retrato de algumas estrelas atuais arruinado pela fama. 

Os momentos finais do filme são dados por Willem Dafoe que narra alguns dos acontecimentos, mostrando alguns dos fatos não mostrado anteriormente. Corbet acabou perdendo a mão nesse final, ele tentou elevar o filme e mostrar um ápice, mas acabou que o que realmente salvou esse final foram as performances corridas de Portman. O filme tem o seu valor em mostrar, que a sociedade não digeri os acontecimentos – assim como aconteceu com o massacre no filme – nós simplesmente esperamos passar e pronto, e podemos ver que na vida da pessoa que passou o acontecimento se torna eterno, Wrapped Up é a música mais importante do filme e precisa ser ouvida e entendia entre as entre linhas. Mesmo correndo contra suas 1h55, Corbet tenta incrementar as cenas com as músicas para mostrar as dimensões dos sentimentos de Celeste e como isso afeta suas músicas e seus movimentos.

Vox Lux, conversa com o espectador tanto no roteiro bem construído, quanto com a fotografia bem escolhida onde cores fortes se tornam o centro chave das emoções e cores turvas mostram a densidade dos sentimentos e principalmente a trilha sonora, faz com que o espectador sinta as emoções querendo transcender a cada verso de uma música, mesmo em Hologram que é agitado conseguimos sentir a agustia. 

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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