Critica | Vou Morrer Amanhã (2020) – Com uma boa história esse suspense se torna intrigante

Vou Morrer Amanhã ( She Dies Tomorrow) é um filme com uma história intrigante, mas com uma execução meio conturbada.

 Escrito e dirigido por Amy Seimetz, o filme conta a história de Amy, com atuação de Kate lyn Sheil, que tem uma vida aparentemente perfeita, que começa a desmoronar depois que ela acorda com a certeza de que irá morrer no dia seguinte. A partir dai suas obsessões e delírios por essa morte que está para chegar acabada perturbando todos que estão ao seu redor com uma paranoia coletiva .

Jane (Jane Adams) uma das amigas de Amy que não queria acreditar na paranoia de sua amiga , acabou ficando perturbada e agora está na mesma situação em que Amy, achando que vai morrer e fez com que essa paranoia chegasse até seu irmão Jason (Chris Messina). Essa ideia de que todos irão morrer , essa obsessão , um surto coletivo é algo interessante em que a diretora e escritora fez com seu público.

Todos nós já passamos por algum momento em nossas vidas em que não estávamos bem. Todos já sentimos aquela sensação ruim de que algo vai acontecer naquele exato momento e o medo toma conta de tudo. Então são essas coisas em que a personagem passa ao longo de toda história. Essa perturbação pessoal e sim. É isso mesmo que a diretora faz com nossa mente e com todos os personagens diante aquela situação perturbadora de Amy.

A trilha sonora ajuda bastante você a entrar nessa melancolia toda , essa despedida constante em que somos levados . Mas com toda essa reviravolta de uma paranoia coletiva o filme não nos cativa tanto.

Os planos de câmera são bem parados assim como a história toda, a fotográfica do filme não é de tirar o fôlego, as cores são bem escuras e da até pra entender por ser um assunto diretamente ligado a morte e a  perturbação interna, mas a diretora poderia ter um engajamento maior com a arte do filme.

Texto {Giovanna Leme}