Primeiro de tudo, eu adoro a formula que Uma Segunda Chance Para Amar usou para prender a atenção do público, mesmo que o filme não seja perfeito ele tem seu valor.
O Natal é a minha época favorita do ano – eu consumo filmes do Lifetime, da Netflix e dos cinemas – eu adoro a temática de compaixão e de complacência. Eu adoro o significado do final do ano, e eu adoro ficar embaixo das cobertas assistindo filmes temáticos. Isso é meio brega, mas eu sou assim. Então chegamos a romcom de ambientado em Londres, escrita por Emma Thompson e baseado na música de George Michael, que foi nada mais nada menos que dirigida por Paul Feig (Um Pequeno Favor). Mesmo que o filme persista nos próprios erros que ele encontra no meio do caminho, e mesmo que ele seja cheio de buracos na trama, e tenha um final previsível, eu adoro como o Feig brinca com o encanto do natal e resplandece a magia da época na telona.
Uma Segunda Chance Para Amar (Last Christmas) segue a Kate (Emilia Clarke), uma mulher 26 anos que trabalha como elfa em uma loja de Natal o ano todo. Mas mesmo com seu trabalho nada promissor, ela vem lutando para perseguir com seu sonho de cantar em tempo integral. Porém o que mais atrapalhou ela foi uma doença, que fugiu ao controle dela e mudou uma parte de quem ela era. A Kate está seguindo por um caminho sem volta, quando ela começa se mostrar inconsequente nas ações dela, mas antes que ela faça algo irreversível ela conhece o Tom (Henry Golding), um cara constantemente otimista que pede pra ela sempre olhar pra cima – vocês vão entender – os dois se unem para explorar as paisagens mais bonitas de Londres e encontrar um real sentido pra vida da Kate. Porém essa amizade começa a se transformar em uma paixão.
A previsibilidade do filme é a coisa mais aceitável dele – se você já viu o trailer, você provavelmente já sabe a reviravolta, então no geral não há grandes surpresas – mas isso é uma comédia romântica, coisas sem sentido obviamente vão acontecer, e mesmo que alguns momentos sejam enrolação total, a mensagem e a positividade que o filme passa são os momentos mais memoráveis dele.
Este filme é muito mais sobre a jornada de Kate para a auto-aceitação, onde ela encontra as dores que ela teve, e as perdas que fazem falta na vida dela. Às vezes, o roteiro de Thompson também mostra os dilemas atuais. No entanto, algumas coisa de enredos mais secundários ficam sem explicação, e são colocados só como conexões para a trama que envolve a Kate.
Clarke claramente está confortável no papel, e ela está incrivelmente linda e adorável no como uma elfa. Golding, é o charmoso e misterioso e ao mesmo tempo bem divertido, e juntos os dois são definitivamente uma ótima combinação, mas infelizmente não há tempo de tela compartilhado suficiente para que a química central realmente floresça. Michelle Yeoh como a Santa, é a gerente da Kate totalmente amorosa, e motivada, e mostra que realmente se importa com a Kate. Enquanto isso, Thompson se revela como uma mãe coruja, que implica com a Kate e faz algumas peculiaridades.
Pra complementar Paul Feig faz um trabalho sagaz com os excelentes contrates do figurino e de cores, que se encaixam bem com o underground de Londres, enquanto os enquadramentos e as montagens das cenas ficam rapidamente eficazes. A trilha sonora se encaixa bem com o contexto de cada cena e complementa a história central.