sexta-feira, maio 3, 2024
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Crítica | Ugly Dolls (2019)

Vivemos num mundo regido pela “ditadura da beleza” onde toda e qualquer ação fora dos “padrões” são vistos pela maioria como imperfeição ou mal vistas, ou seja, grande parte de forma pejorativa ou negativa. Com isso, são poucas as histórias que conseguem tratar isso de forma bem leve e educativa, ainda mais se tratando de uma animação onde o público alvo são crianças.

Ugly Dolls consegue passar essa mensagem para o público, mas como não se trata de obra Disney e ser bem mais simples do que costumamos ver nos cinemas, pode ser visto com um olhar de estranhamento do púbico em geral. Mas como se trata de uma animação musical toda essa simplicidade não atrapalha o filme já que por mais que o roteiro em si não seja tão forte, a história é cativante.

A história pode ser relacionada a qualquer outra de um filme “real” onde a personagem principal acha que o lugar aonde vive é pequeno para ela e sempre se vê em algo maior que tudo aquilo que ela está acostumada a vivenciar. No caso de Ugly Dolls, os boneco vivem na pequena cidade de Uglyville onde são felizes e tudo funciona muito bem, mas a jovem Moxy sempre sonhou em algo maior que aquilo, ela sempre quis pertencer à uma casa de verdade com um humano, coisa bem distante da realidade em que está inserida.

Sempre sendo desencorajada pelos amigos, mesmo assim ela decide se aventurar num túnel que liga a cidade a algo que ela suspeita que seja bem melhor e que vai ajudar a concretizar seu sonho. E é atravessando esse túnel que eles descobrem o quanto estão a margem de tudo que acreditavam ser.

A história nesse ponto acaba sendo meio superficial, mas mesmo assim consegue passar sua mensagem de maneira clara, até mesmo em relação as músicas cantadas durante a animação ou de como o personagem Lou tratam os outros bonecos feitos para o mundo dos humanos.

Com tudo isso, a história flui de maneira rápido e logo tem seu desfecho. No geral ela pode ser comparada a Monstros S. A., mas também podemos pensar em toda a ligação com a vida real, não só pela quebra dos padrões, mas também em comparativo a quebra de barreiras construídas por nós mesmos ou o quanto podemos nos arriscar para progredir de maneira positiva na vida.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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