segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Critica – Titãs 1ª Temporada

Titãs chega a ser uma das melhores séries da DC, sombria, com efeitos especiais bem feitos e personagens bem introduzidos, a nova série do serviço de Streaming da DC teve uma excelente temporada introdutória. Com a difícil tarefa de agradar o público original dos quadrinhos e conquistar o novo público da televisão, a série consegue ser ser um bom ínicio para as próximas produções da DC, como Monstro do Pântano e Patrulha do Destino. 

 Ravena/Rachel (Teagan Croft), Robin/Dick (Brenton Thwaites), Estelar/Kory (Anna Diop) e Mutano/Gar (Ryan Potter), formam um grupo de jovens héroisintitulados como Titãs. Logo no início da série, conhecemos Ravena, tendo pesadelos com a morte dos pais de Robin, e em conflito com o poder obscuro que carrega dentro de si. Robin, que é introduzido com uma bela cena de luta, o que se perdura durante toda a série, também está em conflito com a sua personalidade, após ter abandonado o papel de parceiro do Batman. É perceptível que as principais tramas da série são a do Robin e a da Ravena, sendo os principais personagens também Já Estelar, que ao acordar em um carro na estrada, com a memória apagada, sabendo apenas que precisa encontrar Ravena, ganha atenção no final da temporada ao descobrir o seu objetivo de estar na terra. Mutano, que se junta a Ravena, ao ajuda-la em uma fuga, é o alívio cômico da série, tendo que lidar com os anseios de sua personalidade animal. A série cumpre o objetivo de trazer cada personagem com a sua autenticidade e história.

A série dispõe de muitas características dos quadrinhos, como apresentar algumas tramas sem linearidade, e inserir personagens de outras histórias na série. Marcam presença nessa temporada, o casal de heróis conhecidos como Rapina e Columba (Alan Ritchson/Minka Kelly), que são mantidos até o final da série como auxilio a história de Robin. Conhecemos também, um pouco da história dos integrantes da Patrulha do Destino, que é apresentada como piloto da futura série da DC, função conhecida como Backdoor Pilot, formada pelo Homem Negativo (Matt Bomer), Mulher Elástica (April Bowlby) e Homem Robô (Brendan Fraser). Por final temos a presença da Moça-Maravilha (Conor Leslie), sendo uma fuga para Robin.  

Com o início da divulgação das fotos dos personagens, houveram algumas questões envolvendo a cor da Estelar nos quadrinhos, e a atriz escolhida para interpreta-la. Porém, com tantos personagens em série, conseguimos alcançar a individualidade e originalidade de cada um, mantendo o que é possível dentro da originalidade dos quadrinhos, como o uniforme do Robin, que está idêntico ao original. A direção de fotografia e arte fazem um ótimo trabalho, com paletas de cores escuras, a série atinge um tom sombrio, diferente das série da DC, como The FlashSupergirl, os figurinos e maquiagem também conseguem agradar o público, menos os uniformes da Rapina e do Columba, que mereciam um pouco mais de detalhes. 

O enredo da série consegue apresentar as histórias de cada personagem bem separadas, sem se perder no caminho, de forma concisa coloca cada personagem em seu lugar, alcançando a união de todos de modo progressivo e sem interrupções. Os personagens coadjuvantes também são colocados na trama de forma coerente. A estrutura da narrativa apresenta diversos Plot twist, porém faz uma boa separação das tramas principais, como a da Ravena, que está fugindo do pai, com as que são apenas subtramas. Os Flashbacks que estão presentes em toda a temporada, contribuem para uma boa construção da narrativa e com coerência, apresenta a história do personagens, fazendo com que a gente se apege aos mesmos. 

Os efeitos especiais também merecem destaque, com cenas de lutas excelentes, a série entrega um visual sem exagero, fazendo bom uso das imagens gráficas. Eu assumo que fiquei com receio, de como eles fariam a transformação do Mutano, mas fui surpreendido, com uma mudança simples e ao mesmo tempo admirável, onde a câmera fica parada do inicio ao fim da alteração de Mutano em sua personalidade animal. As cenas da Estelar lançando fogo também estão impecáveis, destaque para uma das cenas que ela sai do meio das chamas. 

Com um início de temporada interessante, Titãs, exagera no Fan Service, ao focar na trama de Robin e Batman, que tomou a maior parte do tempo no termino da temporada, culminando em um último episódio fraco. A série termina com uma grande cena pós crédito, e apesar do Robin e do Batman tomarem o tempo do episódio, a trama da Ravena com sua família, incluindo seu pai, como o demônio Trigon (Seamus Deaver), finaliza com um bom Cliffhanger para o próximo ano. 

Independentemente do Fan Service exagerado, Titãs é uma ótima série para o início da DC na televisão/Streaming, e para quem é apaixonado por filmes de heróis. Baseada nos quadrinhos a série traz a autenticidade, na televisão, para o novo público, ao mesmo tempo não abandona sua originalidade. Os efeitos especias conseguem entregar cenas sem exageros, juntamento com o enredo, os figurinos constroem a personalidade dos personagens de forma natural e original. Por fim, Titãs é moderno e adulto, merecendo uma boa continuidade.   

 

Patrick Gonçalves
Carioca, estudante de comunicação, apaixonado por séries e filmes, coleciono DVD's e ingressos de cinema.

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