domingo, maio 12, 2024
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Critica | The Silence (2019)

The Silence pode ser visto como um filme B, do canal Syfy, pois não entrega uma boa estrutura.

A mais nova produção da Netflix, traz a popular, Kiernan Shipka de O Mundo Sombrio de Sabrina e apresenta um tema até então apocalíptico sensorial que se tornou um modismo depois de Um Lugar Silencioso e Bird Box o streaming usou da popularidade do tema para criar esse filme B que está mais parecido com Sharknado do que com um dos outros filmes mencionados (uma produção do Syfy), e isso se dá pela má ambientação e pela péssima direção de John R. Leonetti.

The Silence é a adaptação do livro de 2015 – de mesmo nome – escrito por Tim Lebbon que conta a história de uma família que tenta sobreviver a um mundo aterrorizado por uma espécie de morcegos assassinos que matam as pessoas se ouvirem um único ruido. A adaptação foi feita pelos irmãos Carey e Shane Van Dyke (Titanic II e Chernobyl), e tudo é muito superficial e corrido para sua 1h30 de filme, sendo que o filme só não se torna uma perda de tempo, por conta das cenas angustiantes e da atmosfera silenciosa.

O filme que está pronto desde 2017, nunca havia achado um lar para chamar de seu, até que então a Netflix viu um nicho de mercado e aproveitou das protagonistas para adquirir os direitos de exibição do longa. O longa estava programado para chegar no final do mês no streaming, porém ao que parece a Netflix pegue a onde de Sabrina e lançou o filme agora – até por que com o tempo ele cairá no esquecimento assim como os péssimos Próxima Parada Apocalipse e Extinção.

O esforço dos atores é perceptível e assim como Shipka sua colega de elenco Miranda Otto (que vive a tia Zelda em Sabrina), tentam levar o filme nas costas mas só fazer deixar ele pior. Já Stanley Tucci, consegue mostrar um pai preocupado que está tentando salvar sua família a qualquer custo, porém em algumas cenas ele se mostra um molenga.

E dai vocês me perguntam por que eu comparei esse filme com o elogiado trash Sharkanado? Por conta do péssimo CGI !- principalmente na cena do carro, meu deus como aqui foi ruim – os morcegos assassinos não são de todo ruim no quisto CGI, mas eles não são muito assustadores, eles são até que fofos e quando vão matar as pessoas, parecem as Piranhas do filme Piranhas, que morde e pronto. O filme tenta ser um suspense com terro , mas a maioria das ambientações não passa essa sensação de medo, no máximo o espectador vai sentir uma angustia e uma tensão em algumas cenas, e parte disso é por conta de quase todo o filme ser ambientado a luz do dia ou em locais fechados com luz.

The Silence mostra muito da família e não quer saber de focar na mitologia dos morcegos do mal. O que já era muito ruim começa a ficar pior quando nos últimos minutos do filme eles meio que tentam criar um culto estranho – ao meu ver foi como os humanos que enxergavam em Bird Box – e sair totalmente no conflito principal. O culto e a família tiveram um breve conflito forçado, onde na cena final o culto surgiu do nada. O final deixa em aberto, um possível pilot mostrando o futuro da nossa sobrevivente, mas aposto que nunca veremos.

 

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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