Uma sátira muito bem articulada, sobre heróis que na verdade não fazem atos heroicos.
Os super-heróis estão preparados, e apostos – e se essa série fosse uma típica série de heróis eu complementaria com a frase… para salvar o dia, mas como ela não é, eu complemento com… – para fazer uma publicidades e aparecer em séries de TV.
As típicas histórias, de heróis mostram os super poderosos, se escondendo atrás das mascaras, e tentando ser pessoas normais sem seus trajes de salvamento. Mas aqui, eles pouco se importam em esconder a identidade, eles passam a maior parte do tempo com seus trajes e querem mais que todos saibam quem eles são, para que assim todos consigam pessoas, que os patrocinem. The Boys é baseado nos quadrinhos, de mesmo nome, que foram lançados em 2006, e focou em explorar esse mundo diferente dos heróis, apresentando um conceito hiper-violento e bem mais dark, onde o status social era a nova lei.
A série da Prime Vídeo que estreia dia 26 de julho, expõe a mesma premissa dos quadrinhos, sobre um mundo dominado pela ganância corporativa, aprovação acima da competência e engajamento das mídias socias. Tudo apresentando super-heróis que se colocam a merce de tudo isso, e sobre um grupo de pessoas comuns que tenta detê-las. Eric Kripke, Evan Goldberg e Seth Rogen, foram os que desenvolveram a produção para a Amazon, e pode ser estranho falar isso, mas a série não tem defeitos. O figurino, as sequências de ação e a cinematografia perfeitos pra uma produção de TV, e o enredo mantém um ritmo muito envolvente com momentos cruciais que funcionam bem para um lançamento de streaming.
Além disso a história é bem fiel as HQs, e a história criada envolto do protagonista Hughie Campbell (Jack Quaid) muito bem construídas, até por que na série ele é um funcionário de uma loja de equipamentos, ele tem diversos medos. No enredo coloca rapidamente o arco vigilante de Hughie em movimento depois que sua namorada, Robin, é terrivelmente destruída pelo A-Train, um velocista e membro do SETE, o grupo de super-heróis.
A morte não intencional de Robin é descartada como um dano colateral pela manipuladora lider Madelyn Stillwell (Elisabeth Shue) – ela é o mal em pessoa. Porém a principio, Hughie não a conhece, até que Billy Butcher (Karl Urban), um vigilante que semeia em eliminar os super-heróis forma os The Boys. Urban entra no papel de um maluco, que se entrega para seu trabalho de destruição, junto do Mother’s Milk (Laz Alonzo) e Frenchie (Tomer Kapon) e Female (Karen Fukuhara), que integram esse time disfuncional, mas ágil.
Enquanto isso temos a divertida e positiva, Annie “Starlight” (Erin Moriarty), a mais nova integrante da elite dos Sete, que percebe que seu emprego dos sonhos é cheio de falcatruas e coisas jogadas pra baixo do tapete. Ela é realmente boa de coração com ótimos poderes e ela quer usar esses dons, para ajudar as pessoas, mas em gente que não aceita. Assim o arco dela se torna ainda mais interessante, por conta da desilusão e da sua motivação. Os enredos começam a se unir quando Hughie e Starlight se cruzam e suas motivações se equiparam. Uma paixão começa a surgir da forma mais orgânica possível, e graças aos escritores tudo funciona muito bem, e o desenrolar final é bem interessante.
Além disso tivemos a virtuosa, Queen Maeve (Dominique McElligott), a única mulher heroína do dos sete antes da chegada da Starlight, as duas se tornam amigas, mas isso a principio é pouco desenvolvido. As duas não tem uma interação muito grande, pois seus enredos estão parcialmente se desenrolando separadamente, porém as duas são raios brilhantes e as que realmente se importam com os salvamentos.
The Deep (Chace Crawford) é superficial, ele é basicamente o alivio cômico, que tenta ser o Aquaman, mas é muito imaturo, e isso o terma o elo mais fraco do grupo – eu senti que ele está procurando uma identidade, porém não consegue localiza-la – porém ele as vezes tem a ajuda do A-Train (Jessie T. Usher) que tem uma personalidade muito peculiar, e ele sempre está envolto de ação, porém o que mais atrapalha o personagem é seu egocentrismo e sua vida pessoal, muito conturbada pelo relacionamento. O mais irritante do grupo dos SETE é o Homelander (Antony Starr), o líder é um narcisista, manipulador que sabe liderar sua equipe, mas não preza em coloca a nescidade dos outros, a frente da dele. Ele é obsessivo e sinistro e se você não achar que ele é o vilão dessa série, você provavelmente deve repensar os conceitos de super-herói