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Crítica | Suprema (2019)

Há tempos as mulheres lutam por igualdade de gênero, processo pelo qual elas ainda não conquistaram totalmente. Nos momentos atuais em que essa luta está cada vez mais conhecida, Suprema vem para reforçar esse papel importante que algumas mulheres lutam diariamente para conseguir qualquer colocação ou posição que as coloque em situações de igualdade com os homens.

Nessa cinebiografia adaptada, podemos conhecer a história de Ruth Bader Ginsburg (Felicity Jones), uma mulher que desde sua criação é condicionada a lutar pelos seus direitos sem se colocar numa posição inferior a qualquer um. Ela é uma das pouquíssimas mulheres que entraram para a faculdade de direito de Harvard, seu marido Martin (Armie Harmmer) está no segundo ano, e depois de uma oportunidade de emprego eles têm que se mudar para Nova York e reconstruir suas vidas.

Posteriormente ela acaba ocupando o cargo de juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos, e em seguida é indicado ao Supremo Tribunal pelo presidente Bill Clinton em 1993.

Armie Hammer (Marty Ginsburg) e Felicity Jones (Ruth Bader Ginsburg)

Felicity Jones interpreta Ruth de maneira tão imponente que Hammer acaba sendo seu coadjuvante real, por mais que ele seja mesmo no filme, isso fica muito aparente para todos que assistem, sendo um diferencial importante e preciso para o filme.

Além de tratar de assuntos importantes como a desigualdade de gênero, termo também usado bastante durante o filme e citado primeiramente por uma secretária de Ruth, a direção faz questão de mostrar isso desde o começo com a cena dela entrando em seu primeiro dia de aula com praticamente todos a sua volta sendo homens, contrastando bem a mensagem que o filme quer passar ao público.

Felicity Jones (Ruth Bader Ginsburg)

Algo que podemos notar e ressaltar como sendo um diferencial não só para o filme e sim para as nossas vidas é que a mudança começa dentro da nossa própria casa, vemos isso na criação que Ruth dá aos seus filhos e principalmente para a sua filha, uma coisa que vem com a criação que Ruth teve com a sua mãe e ela acaba prosseguindo da mesma forma, e o quanto isso fez toda a diferença para ela se tornar quem é hoje.

A fotografia de filme está muito boa, e isso em relação não só as imagens, mas como enquadramento das cenas, o uso de cores escuras e acinzentadas em algumas outras cenas para passar ao público um ar mais sério e relevante, já que o filme conta uma história dos anos 50 e os anos subquentes aos acontecimentos tratados.

Diferente de um dos filmes mais conhecidos da diretora Mimi Leder, Impacto Profundo onde a temática e os objetivos do filme eram e pedia algo diferente, em Suprema ela também soube tratar bem o gênero drama e tudo que se desenrolava nas cenas.

Tendo uma boa bilheteria nos Estados Unidos, Suprema vem para mostrar e expor ainda mais essa luta constante de igualdade de gênero e o quanto isso é importante para o desenvolvimento da sociedade como um todo, algo que se encaixa bem nos dias atuais, mostrando assim também que essa não é uma luta com ganhos antigos, pelo contrário, é algo bem recente.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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