sábado, setembro 28, 2024
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Critica | Sobrenatural: A Porta Vermelha (2023) – Um filme com bom sustos, mas sem propósito

O James Wan dirigiu o incrível terror Sobrenatural, e sua sequencia o capítulo 2. Esses dois filmes contavam a história da família Lembert que estava sendo atormentados por entidades do além. Agora em 2023 essa família volta ao centro da narrativa, com o Patrick Wilson fazendo sua estreia na direção de Sobrenatural: A Porta Vermelha, o quinto filme dessa franquia.

A medida que a franquia vai avançando a história vai perdendo a mão.

Em Sobrenatural A Porta Vermelha, voltamos a acompanhar a família Lambert, e o filme se inicia relembrando o final do capitulo 2 onde o Carl, aquele amigo médium da Elise reprimiu as memórias traumáticas do Josh ( Patrick Wilson) e do Dalton ( Ty Simpkins), e parecia que os Lembert viveriam felizes para sempre, mas a Sony queria mais dinheiro e foi lá remexer nos traumas dessa família.

Primeiro vemos nos primeiro minutos do filme que a mãe do Josh morreu, a relação dele com o Dalton é péssima. Ele e o Dalton tem uma sensação de pavor tremenda que os assolam constantemente. Além disso o casamento dele com a Renai ( Rose Byrne ) acabou, e eu imagino que tenha acabado só pra Rose Byrne aparecer menos no filme, pra assim a Sony pagar menos pra ela.

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Em resumo a vida do Josh tá uma merda, e ele decide resolver um problema de cada vez, e se oferece pra levar o Dalton pra faculdade de artes. Mas o Dalton tá todo mal humorado e super ignorante com o pai, e esse lance de mau humor foi um artifício nada convidativo pro filme. Até por que mesmo que o filme tente explicar isso, esse tropo de briga de pai e filho não agrega muito aqui.

Toda essa trama do Dalton na faculdade se estende até o final do filme, onde 80% do tempo de tela é dele, e da sua colega Chris ( Sinclair Daniel) que serve como alívio cômico do filme. Esses dois funcionam bem juntos, eles tem química e essa atriz é super carismática, sendo que o Ty Simpkins tá arrasando aqui. Ele consegue entregar um personagem competente. Suas cenas mais emotivas conseguem transmitir a carga dramática necessária pra que a gente entenda seus dilemas. Enquanto os outros 20% do filme são destinados ao Josh e seu sub-enredo que foi obviamente a última pá de terra que esse filme podia encontrar pra tentar desenvolver mais sobre esse personagem.

Sobrenatural: A Porta Vermelha tem primeiro trailer ATERRORIZANTE divulgado

Além disso o Patrick Wilson não deve ter aparecido muito, já que ele tava mais ocupado dirigindo o filme.

O Patrick conseguiu entregar uma direção adequada pra esse filme. É notável que ele saiu da formula dos filmes anteriores, e trouxe uma trama mais adolescente pra essa franquia, e o melhor de tudo é que os sustos na maioria das vezes eram imprevisíveis, então como um filme de jumpscare esse longa funciona muito bem.

Mas acaba que o grande problema é a história do Scott Teems responsável por Halloween Kills, e Chamas da Vingança. Duas bombas de terror que tem roteiros porcos e mal feitos. Com certeza Sobrenatural A Porta Vermelha tem o melhor roteiro dentre esses outros. Mas isso não chega a ser um elogio, já que os filmes anteriores são bombas atômicas.

Foto do filme Sobrenatural: A Porta Vermelha - Foto 9 de 15 - AdoroCinema

O criador dessa franquia o Leigh Whannell ajuda a compor a história. Fica aparente que ele tentou aproveitar o que deu certo em filmes anteriores. Isso é tão gritante nesse quinto filme que tem momentos que parece que estamos só vendo um repeteco do capitulo 2. Só que agora com uma inversão de papéis, e na faculdade de artes que sinceramente é um porre ver o Dalton desenhando.

Um filme com muito fanservice e pouca substancia

O arco do Josh e do Dalton reencontrando suas memórias graças aos perigos do Além poderia ter sido muito melhor aproveitado. Mas o filme opta por criar momentos de terror barato com cenas que parecem brincadeira de criança. A história deixa de lado o próprio monstro que gostaríamos de ver que no caso é o Demonio Vermelho, que se torna aqui um mero coadjuvante pra trama.

Sobrenatural: A Porta Vermelha ganha trailer ASSUSTADOR

Não só ele é figurante, fanservice, mal utilizado no filme, como também a noiva de preto tem uma pontinha aqui. O Tucker e o Spects também tem uma pontinha, e claro a nossa Elise que deve aparecer em no mínimo 5 minutos de filme. Ela foi utilizada em todos os materiais promocionais de um filme que ela quase nem aparece.

No geral Sobrenatural: A Porta Vermelha é um filme bom e divertido que consegue ser melhor que Sobrentural: A Última Chave. Ele tem bons jumpscares (eu mesmo me assustei em alguns deles), e o público mais jovem que quer um terror despretensioso vai curtir a aventura do Dalton pelo Além. Mas acaba que a trama fulera apresentada aqui pra encerrar a história do elenco que vimos a 10 anos deixou um gostinho meio azedo na boca, e fez esse filme não ser memorável. Depois do que vimos aqui, estou com medo da bomba que pode ser o spin off desse filme.

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