sexta-feira, março 29, 2024
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Critica | Ride (2018)

Ride é um thriller indie que não acha seu real sentido e se torna esquecível.

A premissa única apresenta Ride como um thriller intenso e diferente dos habituais, mostrando um motorista de viagens compartilhadas, tipo o Uber aceitando viagens e levando os passageiros ao seu destino, até que um certo passageiro torna a viagem um jogo de vida ou morte.

O filme segue James (Jessie T. Usher) um ator iniciante que trabalha a noite nas ruas de Los Angeles como um motorista de aplicativo para pagar as contas enquanto ele não consegue um papel grande – ele diz que atualmente esteve como um dos capangas do vilão de Agents of Shield -. Em uma fatídica noite, James está aceitando a corrida da jovem Jessica (Bella Thorne), uma aspirante a cantora, que precisa de uma carona para uma festa ela quer bebericar com os amigos, então decide chamar um motorista. James e Jessica começam a trocar confissões e ela acaba gostando do jeito divertido de James e quando chega ao seu destino convida o motorista para ir com ela a festa, mas ele acaba recusando pois ele precisa de dinheiro e aceitará outra corrida, mas mesmo assim ela deixa o convite em aberto para se ele quiser voltar mais tarde para participar da festa.

Em seguida James aceita a viagem de Bruno (Will Brill), um homem estranho e bem falante que diz que irá para a casa de um amigo, mas ao mesmo tempo não tem um real destino final. Depois de algumas paradas no caminho para a casa do tal “amigo”, Bruno manda James ficar no carro enquanto ele confere se seu amigo está em casa e James ouve o que parece ser um tiro, mas ele acaba ignorando e seguindo sem entender o barulho, até que em um certo momento Bruno retorna para o caro bem ofegante e querendo que James ande logo e parta com o carro, ele está com uma mancha de sangue em sua blusa mas o tonto do James nem se toca e Bruno dá uma desculpa esfarrapada e dai pra frente o filme começa a seguir como um thriller de ação. Papo vai papo vem e Bruno convence James a aceitar a oferta de Jessica de voltar para a festa, além de convidá-la para uma “festa com uma banheira de hidromassagem em Malibu”.

Agora que Jessica está abordo, a verdadeira face de Bruno vem à tona com direto a uma arma apontada para os dois. Então o jogo entre a vida ou a morte se inicia, manipulação e controle são as principais armas de Bruno, que fará com que James e Jessica sigam suas ordens.

Com um tempo de execução de 1h16, o roteirista e diretor Jeremy Ungar não consegue achar um tom para o seu suspense noir/indie, ele caminha entre um thrille de ação ao mesmo tempo que mostra um suspense e joga pitadas de surrealismo.

As cenas onde Bruno está controlando Jessica e James são as melhores do filme, porém o final fútil e sem nexo tiram todo o crédito que o filme tentou construir em seus 69 minutos. A performance de Thorne está como sempre genérica e única, ela está a cada dia caminhado para se tornar a atriz consagrada que ela merece, basta ela aceitar papais em filmes com mais qualidade. Usher também encontrou a essência em seu personagem e Brill, conseguiu ser tão irritante que você cria um ódio pelo vilão.

Ride talvez seja uma mensagem sobre em quem devemos confiar, que devemos observar a todos como possíveis ameças e ainda mais quando você é um motorista de aplicativo ou talvez só seja um terrível roteiro que conseguiu orçamento para sair do papel e ir para a tela.

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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