terça-feira, maio 14, 2024
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Crítica | Raiva (2019)

Aquela velha história de desigualdade social, ricos e pobres e a luta pela sobrevivência por conta da fome e falta de trabalho são detalhes vistos e explícitos no filme, aliás, são coisas bem contrastadas na história.

            Adaptada de uma história real e conhecida em Portugal, o filme fala sobre uma família de camponeses bem pobres e por conta dessa amargura toda, o responsável por essa família acaba arrumando um emprego em um esquema de contrabando, o que leva ao homem bem rico do vilarejo se preocupar com suas vendas caindo, e com isso o denuncia.

            Tendo altos e baixos a toda momento na história, o filme pode se tornar ainda menos atrativo para muitos porque é todo feito em branco e preto, não que isso seja um ponto negativo, pelo contrário, quando bem feito isso se torna algo ainda mais positivo para a obra, mas não é o que acontece em Raiva, pois as qualidades das cenas não eram tão boas, tendo alguns momentos de cenas escuras com um contraste ainda mais escuro, o que dificultava todo o entendimento da cena e da história, pois no filme há poucas falas.

            Podemos entender que a intenção do diretor foi intensificar através das cenas sem cores o aspecto e o sentimento que todo aquele lugar onde viviam aquelas pessoas passava, pois se trata de um lugar sem vida, árido, seco, lembrando muito o sertão e climas de faroeste. Só que tudo isso acabou se tornando algo um pouco negativo para o filme.

            Quando falamos em interpretação, não se pode dizer muito, pois nesse caso ela não foi tão explorada mesmo se tratando de um filme sem muitas falas, e quando as cenas exigiam demais dos atores, esses não mudavam muito.

            Portanto, Raiva não é um filme para todos, mas podemos pegar a mensagem de o que a desigualdade social e suas consequências causam e o que as pessoas nessa situação são capazes de fazer.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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