Uma Jeniffer mais forte, porém uma trama central mais fraca marcam essa segunda temporada, que mais me deixou com perguntas do que com respostas.
Nessa segunda temporada, a série conseguiu fluir em outro fluxo, sendo separada por capítulos, porém no geral a série se perdeu no quesito trama central, que até agora eu estou procurando.
Parece que essa leva de episódios tenta ser a primeira temporada melhorada, que foca em varias tramas ao mesmo tempo. Claro, essa temporada serviu para mostra uma evolução da Jeniffer (China Anne McClain) e introduzi-la, como a mais nova heroína da família. Porém Tobias – o vilão – é o mesmo da primeira temporada, com as mesmas motivações insossas, que tiraram um pouco do brilho da trama. A temporada teve mais baixos do que altos. Muito da série é mal estruturado, e sem conexão, aparentemente querem engrandecer a série, mas acabam entrando em um poço bem fundo de incertezas, e deixam muitas perguntas no ar, como ‘O Que são os experimentos com os Metas?’, ‘Tobias é ou não o vilão central da série?’, e muitas outras…
A temporada se inicia, com “Ascensão dos Bebés da Luz Verde” um episódio, teoricamente bom, e relevante para a temporada, com muitos comentários sociais, cenas emocionais e o traje de super-herói mais encorpados, somos logo de começo re-introduzidos a cidade de Freeland, e sua gama de metas, que estão “dominando ou encapsulados”. Com fortes questões do mundo real, contando com a brutalidade policial, o racismo, as ganguês e a busca por uma paz entre todos a temporada segue mostrando uma mensagens positiva, e uma busca da excelência negra com um drama convincente e às vezes desconfortável.
O drama da família Pierce, é o central da temporada, onde Jefferson (Cress Williams) e Lynn (Christine Adams) são bem conectados e tem uma boa química, mas a real estrela é Jennifer que continua a brilhar e mostra que está chegando para se tornar uma das melhores protagonistas da série, mesmo com seus dramas pessoais, que atrapalham um pouco a personagem no meio da temporada, seu desenvolvimento é cativante e se torna gratificando ao final quando ela ganha seu traje. E ainda falando do elenco feminino forte Syonide (Charlbi Dean) e Kara (Skye P. Marshall) têm uma luta bem coreografada juntos, todos apoiados por uma bela trilha sonora. Anissa (Nafessa Williams) também faz uma demonstração de força especial, mas continua como estava na primeira temporada, sem evoluir muito.
E chegando no final da 2 ª temporada, “O Ômega”, não foi tão ruim quanto alguns dos episódios anteriores. Mas o episódio repetiu muito de outras tramas, sem sequer tentar corrigir os erros delas. É triste que tudo se resume a tramas ruins, mas Jennifer consegue salva-las do total fracasso, com seu alivio cômico e sua destreza. Ela começou com uma estudante rebelde e se tornou uma vigilantes sagaz.
O interessante é que a série tem um potencial imenso, para muitas tramas inteligentes, mas os roteiristas, parecem cansados e não se arriscam a tentar nada novo, e ficam na mesmice e isso é muito entediante. Um dos pilots interessantes que deveriam ser explorados era o que a Lynn estava envolvida, o dos Metas, que ficou simplesmente no ar, para talvez ser continuado em uma próxima temporada. Claro em outros quesitos a série acerta muito bem, como no excelente figurino em específico para os trajes bem brilhantes e montados, e as coreografias de luta são muito bem feitas, mas no resto o clichê é muito mais presente do que originalidade.
Mas de tudo que mencionei a cima, o que mais é irritante, são as falsas mortes, o espectador não se importa mais com as mortes de um personagem, até por que ele pode voltar em um futuro próximo, talvez na 3ªTemporada alguém morto retorno, até por que somos enganados toda hora. A série está sem uma boa pegada, e precisa que alguém da emissora tome as rédias, até por que se isso não acontecer a série pode não conseguir manter os fãs.
