domingo, dezembro 22, 2024
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Crítica | Primeiro Ano (2018)

Mostrando claramente como funciona o Primeiro Ano da faculdade, o filme, além disso, mostra a pressão que os estudantes têm com toda essa rotina cansativa e exaustiva em que são submetidos cursando medicina, sem nos darmos conta disso quando vemos um médico atualmente com toda a sua calmaria e convicto daquilo que está fazendo.

            Antoine (Vincent Lacoste) e Benjamin (William Lebghill) se conhecem no primeiro ano de faculdade, a diferença entre eles é que Benjamin é calouro enquanto Antoine já está na sua quarta tentativa de conseguir uma vaga no curso de medicina. O âmbito acadêmico é bastante mostrado no filme, tendo quase todas as cenas mostradas ali, só que ao mesmo tempo o filme não é cansativo, pelo contrário, por ser algo que muitos de nós já enfrentamos, ele acaba sendo bem convidativo e agradável, já que o assunto soa muito familiar para nós. Não só o assunto como todas as dificuldades e pressões que somos obrigados a passar quando estamos nessa fase da vida.

            Por conta disso, os dois logo acabam tendo uma amizade grande, mas ao por outro lado, eles são obrigados a lidar com a competitividade que possuem, mostrando ali todo um jogo de pequenas brigas e intrigas.

            Primeiro Ano é aquele típico filme super tranquilo em que assistimos sem nenhum compromisso, mas que no final nos surpreendemos com a lição de moral e toda a história que ele acaba passando, pois antes de tudo, o filme trata de uma história de amizade, e isso fica bem claro do modo em que termina.

            Os personagens se desenvolvem bem ao longo do filme, deixando claro a personalidade e os pontos fracos de cada um. Antoine por exemplo, tem muita dificuldade em gravar informações e por isso, todo o tempo que tem ele dedica aos estudos e as provas que estão por vir, já Benjamin, é bem prático e aprende com  muita facilidade tudo o que é passado, só que por outro lado, ele acaba sendo bem distraído.

            A direção de Thomas Lilti é bem feita e o roteiro se desenvolve bem sem nenhum furo ou algo do tipo. Por se tratar de uma produção francesa e ser gravado na França, as poucas cenas que o filme possui fora do âmbito escolar valem muito a pena, já que mostram a cidade com todo o seu charme até nas coisas mais simples.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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