segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Critica | O Soldado Que Não Existiu (2022) – A Desinformação é o centro da narrativa do novo filme da Netflix

No filme O Soldado Que Não Existiu nós vemos muita desinformação sendo desenrolada.

Antes do grupinho das Tia do Zap existir pra passar Fake News. Nós já tinhamos uma Fake News sendo armada pra acabar com o Hitler na segunda guerra mundial.

Dois oficiais do MI5, o Ewen Montagu e Charles Cholmondeley, lideraram em 1943, a Operação Mincemeat. Onde eles planejaram vestir um cadáver com uniforme naval, colocar informações falsas na mala dele, sobre uma invasão a Grécia, e eles queriam que esse cadáver fosse interceptado na Espanha pelos nazistas. Assim todas as tropas iriam pro local errado na Grécia. Fazendo assim a investida do MI5 ser iniciada na Secília.

Não pensem que esse plano foi facilmente executado.

Antes de tudo acontecer a equipe do Ewen teve que teorizar várias coisas. Eles criaram até um romance entre o soldado morto e sua noiva, e todos esse plano teve que ser o mais sético possível pra que tudo ficasse real.

Ficha Técnica | O Soldado que não Existiu (Original Netflix) - Entreter-se

A desinformação deles tinha que ser a mais verdadeira possível.

Durante o filme nós vemos a vida dessa equipe de inteligência naval, planejando essa emboscada, e também enfrentando seus próprios problemas e conflitos pessoais. Tem até uma subtrama romântica sendo desenrolada no meio dessa doideira. Porém isso não foi a minha coisa favorita do filme.

Essa história real foi tão bem abordada aqui, que eu não senti que foram 2 horas de duração. Eu adoro que os filmes britânicos ambientados durante a segunda guerra mundial, sempre tentam subverter as típicas histórias de guerra. Eles focam em história paralelas que aconteceram durante os comentados bombardeios, e consequentemente essas histórias acabam sendo pouco abordadas.

Por falar em roteiro, as partes dramáticas dessa história as vezes são um pouco secas.

O elenco aqui foi bem escalado. O Colin Firth e o Matthew Macfadyen seguram bem a trama. Eles entregam protagonistas que brilham muito, e conseguem ser imponentes, e comicamente sérios. Tudo funciona bem graças a direção perspicaz do John Maddon, que torna alguns momentos lentos criados pelo roteiro, em momentos dinâmicos. Como eu já pontuei o filme se estende demais no arco romântico. Mas a Kelly Macdonald pelo menos é carismática o suficiente, pra essa trama não ser um problema gritante.

Só pra concluir, esse é um filme que entrega bem a proposta. Eu recomendo que vocês assistam, é tipo uma aula de história que você vai ficar preso e se conectar com toda a doideira.

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