domingo, dezembro 22, 2024
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Crítica | O Retorno de Ben (2019)

Estrelado por Julia Roberts e Lucas Hedges, O Retorno de Ben tem como base a história de um garoto viciado em drogas que está na fase de reabilitação. História da qual poderia ser só mais uma dentre tantas outras produções cinematográficas que falam sobre esse assunto, se não fosse pela sutileza da narrativa que por mais que seja simples ela consegue nos prender, torcendo a favor do personagem, e também pela brilhante interpretação de Julia Roberts, que com certeza é mais um de vários trabalhos feitos de forma incrível por ela.

            Quando Ben (Lucas) volta para casa depois aparentemente ter sido liberado para passar o natal em família depois de ficar em, tudo parece estar tranquilo, apesar da desconfiança cansativa de sua mãe, Holly (Julia). Coisa que ao longo do filme descobrimos que não foi e nem está tranquilo em relação ao vício de Ben, tanto que pela desconfiança ele perde totalmente sua liberdade, liberdade essa que não está nem condicionada aos fatores fisiológicos. Com problemas de relacionamento com o padrasto, Ben só vai piorando a situação, principalmente quando outras pessoas do tráfico descobrem que ele está de volta.

            Podemos perceber ao longo do filme o quanto uma relação entre mãe e filho é importante e o quanto isso faz diferença até para resolver problemas que consideramos impossíveis. E esse forte laço entre eles é perceptível no filme inteiro, sendo um ponto muito importante e forte na interpretação feita por Julia Roberts, que mostra sempre a mãe protetora e disposta a tudo para ajudar o filho que sempre está exposto a gatilhos que podem fazer ele cair no vício novamente, não só a isso, mas também com as pessoas que ele atingiu como usuário. Lucas nos mostra uma interpretação mediana em relação a sua última produção (Boy Erased – 2018), com cara sempre fechada, mas consegue demonstrar emoção e arrependimento quando necessário.

            Como se passa na época de natal, podemos ver que a família de Ben é bem religiosa e o quanto esse espírito natalino faz com que eles tentem apaziguar as coisas, mas sem sucesso.

            Com câmeras um pouco tremidas em cenas de muito stress ou de pouca ação, talvez tentando se parecer aos filmes de pequenas produções, o longa traz sempre o foco em relação ao personagem principal em cena, sendo na maior parte delas feitas em relação à Holly e Ben.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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