Critica | O Paraíso e a Serpente – Mini Série (2021) – O instigante caso do Charles Sobhraj

O Paraíso e a Serpente mostra a história do vigarista e assassino Charles Sobhraj, cometeu uma série de crimes ao longo dos anos 70.

Nessa nova série da Netflix vemos uma dramatização dos fatos reais, da jornada desse golpista, e todas as desventuras que aparecem em seu caminho.

Durante a série conhecemos o Charles Sobhraj, o notório assassino que aplicou golpes por vários anos em mochileiros, ele roubava os pertences deles, roubava suas identidades e passaportes, e depois descartava eles. Essa história do Charles foi contada com vai e voltas temporais.

E eu fiquei mega preocupado quando ví que essa série tinha esses vai e voltas, muitas das vezes nos primeiros episódios eu fiquei pensando (meu deus isso pode confundir algumas pessoas), mas é engraçado que esses flashbacks funcionam bem durante a temporada.

No final de tudo você se surpreende com a forma que tudo se complementa, a série toda é quase que um quebra cabeça e você vai juntando aos poucos as partes e no final da temporada você completa o quebra-cabeça e pensa… putz que série fantástica.

Outra coisa que foi bem interessante nessa mini-série é que eles não te entregam no primeiro episódio quem é o real Charles. Eles primeiros te mostram uma visão mais limpa e parcial desse cara e ao logo dos episódio, você vai desenterrando os atos podres que ele fez, vai vendo o quão manipulador ele é, e vai descobrindo seu passado complicado. Passado esse que inclui ele recrutar a franco-canadense Marie-Andrée Leclerc e o indiano Ajay pra se tornarem seus parceiros de crime nessa jornada ao logo das trilhas Hippies

Além do roteiro ter uma astucia pra contar essa história fascinante do Charles, eles também usam os episódios, pra abordar mais sobre as vítimas dele.

As vitimas que muitas das vezes são usadas só com o propósito de serem mortas nesse tipo de série, aqui, ganham um pano de fundo mais aprofundado.

Enquanto também temos durante os episódios um enredo envolvendo o diplomata holandês Hermam Knippenberg que inicia uma longa investigação, depois que dois holandeses desaparecem, essa investigação coloca ele no caminho do Charles.

A série foi filmada principalmente na Tailândia então como já é esperado eles conseguiram criar uma estética única pra essa série e é bem diferente do que eu esperava.

Tem três atuações que merecem um destaque a primeira obviamente é do ator francês Tahar Rahim, que interpreta o Charles ele é fantástico, interpreta com frieza esse personagem. Já o Billy Howle vivendo o Knippenberg, entrega um personagem pra gente torcer por ele. Por último mais não menos importante a Mathilde Warnier que interpreta a Nadine foi uma grata surpresa durante a temporada.