sábado, abril 27, 2024
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Critica | O Jogo Da Invocação (2023) – Um filme divertido, mas muito bobo

Um dos últimos filmes de terror do ano chega aos cinemas essa semana, e no caso estou falando de O Jogo da Invocação, que conta a história de uma faca amaldiçoada que faz as pessoas brincarem de uma maneira sangrenta.

O filme tem um elenco ótimo, tem uma duração curtinha, mas será que ele é bom?

O Jogo da Invocação é ambientado em Salem, Massachusetts, uma cidade com uma história inesquecível de caça às bruxas e processos judiciais. Os personagens principais são os irmãos Fletcher – Billie, Marcus e Jo. O pai deles os deixou depois de ficar sóbrio, e eles cresceram com a mãe, e o tio Bob (que é um cara desempregado e vagabundo). Um certo dia o Jo encontra uma faca leva pra casa, e essa faca amaldiçoada se torna um pesadelo na vida de todos, já que o Marcus é possuído pela faca e começa a querer brincar com suas vítimas.

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Toda a ideia do filme é intrigante e o tempo de execução de 1h10 é maravilhoso já que passa muito rápido, e inicialmente você fica empolgado com a história do filme, mas ela rapidamente perde o folego graças ao desenvolvimento mal feito da mitologia entorno da maldição e dos personagens.

Primeiro que a história é toda embasada nos jogos, temos esconde-esconde, pique lanterna, forca, e esses jogos poderiam ter um impacto maior. Porém toda a execução é feita de uma maneira tão apressada que nenhuma dessas cenas gera um grande impacto.

Esse era um filme que poderia ousar, e usar a criatividade ao seu favor adaptando friamente as brincadeiras de criança de uma maneira mais mortal, porém sinceramente os jogos não geram muito impacto.

Natalia Dyer fights a demon in 'All Fun and Games' trailer

Temos aqui uma matança que quase não vemos, com uma violência leve. Nada mais que isso. Por mais que o suspense das cenas tenha funcionado pra mim, e eu tenha gostado da ambientação do filme, ainda assim eu não sentia o impacto de nenhuma das mortes, e muito menos me simpatizava com os personagens.

Tudo parece barato e forçado.

A narrativa aqui é apressada e sem consistência. Os sustos não assustam, e os clichês são usados da maneira errada. O que dá o charme pro filme é o elenco. Natalia Dyer se sai bem vivendo a irmão mais velha preocupada com os irmãos mais novos, o Benjamin Evan Ainsworth é o responsável pelos problemas começarem a acontecer, e ele tem uma performance ótima nas cenas que exigem de suas feições de assustado.All Fun and Games - Rotten Tomatoes

Enquanto o Asa Butterfield entre muita personalidade pro seu personagem solitário, e ele consegue ter uma cara assustadora enquanto está possuído pela faca. Esse trio foi um dos únicos motivos pra esse filme não ser terrível. Até a ruivinha que aparece pouco também consegue ser empática. Uma pena que quase não conhecemos nada desses personagens, eles são muito vazios.

Só que assim o filme não tem nada de uau. Ele é bem medíocre. Os elementos de terror não são bem explorados, temos aqui uma mitologia mal explicada, e mal elaborada e temos um desenvolvimento da trama desleixado. Porém durante 1h10 ele consegue ser aquele divertimento bobo pra você não pensar muito e se aventurar com esses adolescentes… e nada mais que isso.

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