domingo, novembro 17, 2024
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Critica | O Gambito da Rainha (2020) – Mini-Série da Netflix é PERFEITA

O Gambito da Rainha, é uma nova mini série da Netflix, que vai fazer você se apaixonar pela beleza estonteante das belas ambientações e figurinos. Além de fazer mergulhar na trama instigante sobre competições de Xadrez.

O xadrez é o amor da Beth Harmon, uma órfã que se torna uma habilidosa jogadora, mas que enfrenta muitos problemas em sua vida pessoal.

 

O gambito da Rainha conta a história da Beth (Anya Taylor‑Joy), uma garota que se torna órfã muito cedo, e acaba indo pra um orfanato e passa a maior parte da sua infância com várias outras órfãs. Uma dessas órfãs é a Jolene (Moses Ingram), uma garota negra que tá a um bom tempo no orfanato, e já entende todas as coisas que acontecem lá. As duas se tornam instantaneamente boas amigas.

Mas a amizade mais inesperada que a Beth faz no orfanato vem de baixo. Um dia qualquer ela desce até o porão do orfanato pra limpar apagadores e lá encontra, o zelador Shaibel (Bill Camp) que é um senhor amigável, que tá jogando Xadrez sozinho. Como a Beth é observadora,  ele ensinar ela a jogar xadrez e os dois se aproximam, jogam juntos todos os dias, e com o passar do tempo a Beth se torna incrível no jogo e derrota o Shaibel facilmente. Então ele a introduz em times de xadrez e a paixão dela cresce mais e mais e nisso ela encontra um rumo em sua vida. Que é ser uma campeã de xadrez!

O jogo também impacta na saúde mental da Beth e faz ela se tornar uma dependente química.

 

Quando a Beth chega no orfanato ela é obrigada a tomar tranquilizantes, assim como todas as outras crianças e esses tranquilizantes, fazem com que ela consiga projetar em sua cabeça um tabuleiro de xadrez imaginário no teto e assim ela pode treinar mais e mais jogadas antes de dormir.

Esse vicio dela, tanto no jogo, quanto nos remédios, geram consequências graves, que a perseguem durante a maior parte de sua vida, e não só impactam em suas conquistas, mas também impactam diretamente em pessoas próximas a ela.

 Quem também tem vícios é a Alma (Marielle Heller), a mulher que adota a Beth, e que no decorrer dos episódios também apresenta alguns problemas. Depois de ser adotada, a Beth começa a participar de torneios de xadrez onde ela ganha dinheiro, e fama e um dos primeiros oponentes dela é o Harry (Harry Melling), um garoto da sua cidade que fica impressionado com o talento dela.

O principal oponente dela é o Benny (Thomas Brodie-Sangster) um garoto arrogante, que sabe jogar partidas rápidas de xadrez, mas também as vezes vacila perto da Beth. Já o grande target dela é o russo Borgov (Marcin Dorocinski), que é um grande campeão mundial, que deixa a ela intrigada.

Com muitas pessoas cruzando seu caminho, com muitas desventuras aparecendo em sua jornada, com muitos demônios do passado a assombrando, e com muita inteligência,  a Beth enfrenta uma montanha russa de emoções e sentimentos nessa mini-série que pode ser definida com a palavra PERFEITA.

Essa mini série tem tudo que ela precisava pra ser incrível….

Aqui temos um elenco cativante que brilha em todos os momentos, um roteiro afiado, que intercala perfeitamente o passado com o presente, e ainda aborda muito sobre vícios, anseios, igualdade, uma fotografia fria, que contrasta bem com os figurinos, que também são lindos. Enfim tudo aqui é incrivelmente perfeito.

THE QUEEN’S GAMBIT (L to R) ANYA TAYLOR as BETH HARMON in THE QUEEN’S GAMBIT. Cr. CHARLIE GRAY/NETFLIX © 2020

Tudo isso funciona ainda mais, por conta da nossa ruiva de olhos arregalados ANYA TAYLOR-JOY, que nunca fez e nunca fará nenhum trabalho ruim. Se ela tá no elenco eu já to aclamando. A Joy interpretou a Beth com tanta naturalidade, desde sua adolescência até o começo de sua vida adulta, com vários trejeitos de uma pessoa meio anti-social, com aquele talento obsessivo com o xadrez.

O melhor de tudo é que ela passou tanta confiança no que ela tava interpretando que eu mesmo achava que ela era a mestra do xadrez. Muito disso pq a série contratou consultores experientes em xadrez pra elaborar as cenas, com naturalidade e ao mesmo tempo simplicidade, pra que qualquer pessoa se identificasse com aquilo.

Aliás mesmo se você não souber nada de xadrez, com o passar dos episódios você vai aprender muito, e vai até ficar com vontade de jogar (Eu quando acabai a temporada até queria treinar técnicas de xadrez.),

Concluindo essa mini-série cuidou dos mínimos detalhes pra que você a cada episódio tenha um sentimento diferente. Mesmo com episódios longos, o tempo passa muito rápido por que a trama flui tão bem que você consegue maratonar a série em um único dia e se emociona com a jornada da Beth, e ao mesmo tempo torcer por suas conquistas e sofrer com suas derrotas.

O Gambito da Rainha
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5
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Conclusão

Mesmo com episódios longos, o tempo passa muito rápido por que a trama flui tão bem que você consegue maratonar a série em um único dia e se emociona com a jornada da Beth, e ao mesmo tempo torcer por suas conquistas e sofrer com suas derrotas.

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