Critica | Morte No Nilo (2022) – Um suspense da Agatha Christie delicioso, com Gal Gadot no elenco

Morte no Nilo tá chegando aos cinemas, e eu já tive a oportunidade de assistir essa nova adaptação do romance homônimo da Agatha Christie.

Morte no Nilo, é um delicioso filme que destrincha o lado emocional das pessoas, a paixão obsessiva, a ganância, e o egocentrismo.

Nesse filme nós vemos o casamento da Linnet (Gal Gadot) e do Simon (Armie Hammer), eles tavam tendo uma viagem maravilhosa, até a chegada da ex-amante do Simon, a Jacqueline (Emma Mackey) que amedronta a Linnet. Mas pra dissipar esse clima ruim deixado pela Jacqueline, o Simon decide fazer uma viagem pelo rio Nilo.

Todos os convidados, e os recém casados então embarcam em uma jornada mortal. Já que uma pessoa é assassinada no barco, e temos vários suspeitos, e todos tem uma motivação pra querer essa tal pessoa morte. Mas o nosso detetive Hércules Poirot (Kenneth Branagh) também tá a bordo, e vai desvendar esse caso.

Morte No Nilo consegue ser melhor que o seu antecessor ‘Assassinato No Expresso do Oriente’.

Não achei totalmente necessário a duração de 2h pra esse filme, principalmente por que o vilão se tornou previsível, poucos segundos após a descoberta da pessoa morta. Se você prestar atenção, nas intenções do assassino, na construção dos personagens, e nos inúmeros diálogos repetidos do filme, você saca quem é o assassino rapidamente.

O estilo de Morte No Nilo é mais revigorante, e trás planos mais abertos, com vistas panorâmicas do egito e das pirâmides. Além de também usar cores mais claras nos ambientes e nos figurinos dos personagens. Tudo isso prede sua atenção, naquele único ambiente que no caso aqui é o barco. Enquanto o filme anterior que se passava no trem, era tudo mais escuro, e fechado. Isso misturado com a história lenta, acabou me fazendo das umas leves piscadas.

Porém quero deixar claro, que eu adoro os dois filmes, independente de qualquer coisa, a história deles é uma adaptação ótima dos livros da Agatha Christie.

A direção perspicaz do Kenneth Branagh, faz com que a jornada do Poirot te deixe muito entretido e intrigado. Por falar no nosso detetive favorito, ele cresceu muito nesse novo filme. Agora ele começou a se importar mais com as pessoas, e parar de ser um pouco egocêntrico. Com isso esse novo filme ganha um peso emocional um pouco maior. Além disso assim como no primeiro filme, o Parot também rouba a cena, e consegue ganhar até uma história de origem meio boba pro seu bigode. Achei desnecessário essa cena em questão, mas enfim paciência né.

Sobre atuações, nós temos um elenco de peso aqui no filme. Com destaque pra Gal Gadot que tem um sotaque delicioso, pro nosso canibalzinho o Armie Hammer que sabe ser um bom canastrão. Pro Tom Bateman que é o mais carismático e entrosado entre todos, e claro pra Sophie Okonedo e pra Emma Mackey que ganham seus momentos pra brilhar.

Mas no geral, todos interpretam personagens caricatos, e super extravagantes, que tem um certo ciúme da pessoa que é morta, e isso faz com que cada um deles se torne o suspeito perfeito.