Critica | Moonfall – Ameaça Lunar (2022) – Uma ótima destruição, com um roteiro péssimo

O Roland Emmerich adora um filme de catástrofe, e Moonfall – Ameaça Lunar, é seu mais novo filme de destruição, que vale sua pipoca no cinema.

 

O filme se inicia em 2011 com os astronautas Brian Harper (Patrick Wilson) e Jo Fowler (Halle Berry) liderando uma missão de ônibus espacial para reparar um satélite. A operação acaba causando uma morte, e ninguém entende o que houve. A NASA fala que o Brian Harper foi o responsável pelo incidente, e ele é demitido. Enquanto a carreira de Jo Fowler continua, e ela se torna uma executiva da NASA, mas tem uma vida particular arruinada.

Agora em 2022, o conspiracionista/ “megaestrutura” KC Houseman (John Bradley), faz uma descoberta impactante. A órbita da lua está começando a decair. Se ela continuar a sair da orbita, ela vai se despedaçar e destruir a terra. Ele tenta avisar a NASA, mas é taxado de maluco. O KC então vai até o Brian Harper, e ele reluta em ouvir a doideira esse cara, mas logo depois se une a ele, e os dois iniciam uma missão pra avisar a NASA. Eles até conseguem avisa, e se juntam a Jo, mas será que eles conseguirão salvar o planeta terra?

Moonfall é um típico filme de desastre. Não tem nada de novo aqui. Temos um elenco principal bom, temos uma trama bobinha, mas que usa e abusa do CGI, e temos uma construção narrativa simplista. Além disso os personagens secundários só servem pra trazerem mais cenas de ação e de sobrevivência, por que o enredo deles é super avulso. Principalmente a subtrama tediosa do filho do Harper (Charlie Plummer), e da relação que ele tem com o padrasto (Michael Peña). Além disso conseguiram ainda encaixar nessa maluquice uma estudante de intercâmbio, que cuida do filho da Fowler (Kelly Yu).

Enfim, o Roland Emmerich (Independence Day) se superou com essa história maluca. A jornada espacial, e a reviravolta final até salvam as partes estranhas que estavam acontecendo no filme. Mas no geral o melodramático não é um dos melhores, e na maioria das vezes é previsível. Sendo que os alivios cômicos do personagem do John Bradley são terríveis, e acabam destoando toda a trama do filme (que já não era uma das melhores).

Mas mesmo com seus pontos negativos, Moonfall surpreendentemente me agradou. Mesmo com um leve tédio, eu ainda adorei as cenas de destruição, curti ver a trama que envolveu a lua, gostei da pitada de syfy que o Roland Emmerich incrementou no filme. As sequências espaciais são espetaculares e assistir elas em IMAX foi o ponto alto de tudo isso, e esse é o tipo de filme que você tem que desligar o cérebro e aproveitar a loucura sem sentido. Curta a destruição, e se divirta com os efeitos visuais impressionantes e com os  dramas bobinhos.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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