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Critica | Megatubarão 2 (2023) – O filme abraça o absurdo e se torna extremamente divertido e surreal

Preparados pra uma aventura que Abraça o Absurdo, por que Megatubarão 2 faz isso, e é hilário, mas vai incomodar algumas pessoas.

Desde o primeiro Megatubarão eu digo que esse filme é uma cópia de Jurassic World que a Warner fez pra tentar lucrar igual a Universal lucrou. Porém eles pelo menos poderia seguir na vibe do primeiro Jurassic World que é o melhor dessa nova leva de filme. Entretanto Megatubarão 2 faz uma mistura de Jurassic World: Domínio com Reino Ameaçado. A premissa desses dois filmes tá muito presente aqui.

Por incrível que pareça funciona melhor nesse filme, que não se leva a sério  do que nas duas sequências de Jurassic World.

Em Meg 2 voltamos a acompanhar as aventuras do nosso mergulhador de resgate Jonas Taylor (Jason Statham), que agora se tornou um ativista ambiental, e ao lado do carismático oceanógrafo Jiuming (Wu Jing) e da equipe do instituto de preservação marinha, eles se preparam pra desbravar a fossa, e dão de cara com uma operação de mineração submarina ilegal, e claro com uma ameaça de monstros pré-históricos aterrorizantes que escaparam das profundezas.

Até agora eu fico pensando como que conseguiram construir aquela base subaquática, na minha cabeça não faz sentido construir algo tão grande embaixo dágua sem que ninguém saiba. Mas enfim né, é um filme do Jason Statham, temos que ativar a descrença. No final das contas o que eu tanto gosto nesse filme é mistura irresistível de ação, suspense e esse toque de coisas absurdas e inexplicáveis.

O filme é testosterona pura, ele é exagerado e deliciosamente insano.

Entretanto mesmo eu adorando o filme, ainda assim eu não curti os vilões corporativos. Eles além de usarem Samsung só deixando ainda mais claro que eles eram os vilões, eles também tomavam umas decisões idiotas como ir pra uma ilha repleta de monstros pré históricos, ou perseguir um personagem só por puro rancor e vingança, enquanto o tubarão que era a grande ameaça ele nem ligava.

Porém o pior crime desses vilões coorporativos foi roubar o tempo de tela das reais estrelas do filme, no caso os tubarões. O filme tenta trazer essa inversão de papéis, com os humanos assumindo o posto de ameaças maiores do que os próprios tubarões, e isso tira o protagonismo deles.

Mas voltando a falar de pontos positivos do filme, uma coisa que eu adoro no primeiro filme é a tecnologia subaquativa, e aqui nesse novo filme temos mais tecnologia absurda que é esteticamente linda. O design de produção do filme e a figurinista conseguem criar adereços perfeitos que se destacam na telona, e se casam bem com as cenas, como por exemplo a da caminhada dos personagens na fossa, com os trajes super resistentes. Essa cena é intensa, e conta com algumas mortes divertidas.

A atuação do Jason Statham continua sendo charmosa.

O Jason nos entrega diversas frases de efeito como já era de se esperar, porém o arco dele ser um paizão de coração mole pra Meiying oferece algo a mais e até um toque emocional ótimo pro personagem. Enquanto outro personagem verdadeiramente cativante é Jiuming, que rouba a cena com seu carisma sem igual, adicionando um sabor extra, na verdade todos do elenco tem o seu valor aqui, só os vilões que deixam a desejar. Porém o real protagonista do filme é o nosso cãozinho favorito o Pinpin, que retorna para nos fazer rir e se preocupar com sua segurança, mais uma vez.

O diretor Ben Wheatley fez Meg 2 ser uma sequência ainda mais farofenta que o original.

Agora sobre os monstros o filme falha muito em entregar cenas intensas deles. O CGI de alguns é bem capenginha, como o do polvo gigante no último ato. Porém o CGI dos tubarões está agradável.

Esse filme é bem sessão da tarde, e ele abraça o absurdo e entrega um clímax com três tipos de monstros aparecendo. O filme faz uma homenagem aos filmes B. Já que tudo de clichê que poderiam usar no roteiro, eles usaram e abusam. Mas ao mesmo tempo eles ainda usam com conciência fazendo com que o filme tenha um ritmo ágil. Então mesmo com todos os erros e com algumas coisas irritantes como um dos vilões estereotipado que não agregou em nada pra história. Ainda assim foi um filme agradável e eu até veria novamente.

Matheus Amaral

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Matheus Amaral

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