terça-feira, maio 14, 2024
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Critica | Maligno (2019)

A história de Maligno é tão surpreendente que chega a dar calafrios. Além disso o ator mirim Jackson Robert Scott, dá um show de atuação como Miles.

Maligno (‘The Prodigy’) se apoia em um terror sem sangue, mas recheado de bons sustos. Se você gostou de ‘A Profecia’ e ‘A Orfã’ eu tenho certeza que você vai amar, Maligno.

Dirigido por Nicholas McCarthy (‘Pesadelos do Passado’) e roteirizado por Jeff Buhler, o filme tem uma referencia a um dos capítulos, do programa “Nightline” da ABC – em um momento do filme, a protagonista assiste uma parte desse programa para tentar descobrir o que há de errado com seu filho – então pensando nisso a história do filme talvez tenha tido um embasamento bem profundo na do programa.

O filme se inicia com uma mulher correndo por sua vida, pois um cruel assassino (Paul Fauteux) que a prendeu tem fetiche por mãos e cortou uma das mãos dessa mulher. Ele corta as mãos das mulheres e depois as mata e guarda como souvenirs. Essa mulher que escapou avisou a policia de Ohio, que logo em uma ação para captura-lo o matam. Enquanto isso Miles ( Jackson Robert Scott ) nasceu de um casal amoroso na vizinha Pensilvânia. Sarah ( Taylor Schilling ) e John (Peter Mooney), os dois apresentam um amor incondicional pela criança até o menino começar a presentar um comportamento perturbador.

A história apresenta alguns saltos temporais, primeiramente conhecemos Miles como um bebê logo vemos ele com cinco anos e consecutivamente com oito anos e a partir dai a história começa a caminhar, o menino até então com 8 anos apresenta uma inteligência extrema para sua idade e começa a evoluir muito rápido tanto em sua capacidade de criar objetos tecnológicos – como uma câmera espiã feita com uma baba eletrônica – quanto no seu temperamento passivo agressivo, que ele apresenta quando ela não consegue o que quer.

Além dos casos mencionados cima, Miles começa a sofrer com alguns pesadelos, onde ele estranhamente murmura enquanto dorme frases em húngaro. Sua mãe Sarah grava esses dizeres em outra linguagem e procura um especialista. Ela acaba se encontrando com Dr. Arthur Jacobson (Colm Feore), que cuida de assuntos de reencarnação. Ele aconselha Sarah que uma presença sombria está pegando carona na força vital de seu filho. Para tirá-lo, eles devem determinar quem está causando essa dor e descobrir seus motivos. A partir desse momento vemos Sarah correndo contra o tempo, para tentar salvar seu filho dessa presença maligna.

Nós meros espectadores já sabemos que a real presença maligna é o serial killer do começo do filme, mas a personagem de Schilling não sabe. Eu esperava que Sarah ficasse procurando uma resolução, mas boa parte do tempo ela está dormindo em seu quarto com uma serenidade despreocupada. Mas tudo bem, em um certo momento ela cai na real, depois de vários infortúnios e começa a elaborar um plano que foi o cumulo do ridículo, mas o que valeu a pena pois presenciamos mais uma cena do tenebroso personagem interpretado por Scott – que dilacerou uma mulher.

O melhor desse filme foram as performances de Schilling e Scott que deram uma amenizada no roteiro fraco. A matriarca Sarah é vivida por Schilling ao mesmo tempo que fecha seus olhos para as atrocidades de seu filho sua atuação apresenta uma força interna verossímil. Mas quem realmente se destaca é o jovem Scott que se destaca por sua mudança hábil de personalidade, ele interpreta uma criança doce ao mesmo tempo que muda de humor e viria um habilidoso serial killer. Ele não muda apenas suas expressões faciais, mas toda a sua postura. Por fora podemos ver mais uma criança doce e meiga, mas por dentro percebemos que tem um real serial killer procurando outra vitima.

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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