Critica | Johnny English 3.0 (2018)

“Estávamos precisando de uma comédia britânica, mas não essa!“

Johnny English nada mais é que uma sátira de filmes de espiões protagonizada pelo nosso querido Rowan Atkinson que interpretou por anos o hilariante Mr. Bean. Já faz alguns anos que não vemos nosso Johnny English, o segundo filme foi lançado em 2011 e não trouxe muito lucro com somente US $ 8 milhões arrecadados que comparado ao primeiro Johnny English com US $ 28 milhões (EUA) foi um desastre nas bilheterias, mas com a estrondosa quantidade de comédias norte americanas, poderíamos ter um ar de alivio em ver uma comédia cheia de nuances britânicas, ao estilo do nosso jeitoso Atkinson, mas com muitos clichês isso não aconteceu.

O enredo do longa começa quando todas as identidades dos agentes secretos ativos da Grã-Bretanha são liberadas e o serviço secreto agora pode contar com apenas um homem – Johnny English (Rowan Atkinson). Atualmente lecionando geografia em uma escola preparatória secundária, Johnny entra em ação para encontrar o misterioso hacker. Para que esta missão tenha sucesso, ele precisará de todas as suas habilidades – o que pouca gente tem – já que o homem com os métodos analógicos de ontem enfrenta a tecnologia digital de amanhã. Neste filme, ele também vai aprender que até os objetos mais simples são fundamentais. O elenco conta com Ben Miller, Emma Thompson, Olga Kurylenko e Jake Lacy.

O novo longa do espião ganhou o titulo nos states de “ Johnny English Strikes Again ”, traduzindo ficaria  (Johnny English Ataca Novamente), mas como nosso pais gosta de simplificar, ficamos com o enxuto titulo Johnny English 3.0, poderiam ter mantido o titulo para ficar parecido com o seu antecessor “O Retorno de Johnny English” mas acabou não acontecendo. O primeiro longa do agente do MI7 foi lançado em 2003 e é considerado um dos melhores filmes de sátira de espionagem ficando junto de A Pantera Cor De Rosa com o nosso hilariante inspetor Clouseau, ou até mesmo os longa de Austin Power.

Com algumas referencias o novo filme é uma sátira de outras sátiras e as vezes acaba sendo um pouco genérico de mais, em uma das cenas English faz uma referencia ao inspetor Clouseau  quando finge ser um garçom, com um sotaque francês e flamba uma panela cheia de camarão, que ficam carbonizados e caem no chão , mas ele os serve de qualquer maneira, junto com o pequeno pedaço de champanhe que era para ter sido usado para não deixar os camarões queimarem.

O filme faz você dar aquelas leves e rápidas risadas, mas não segura o enredo de um filme de espionagem e sim de comédia pastelão, o filme se chamar Mr. Bean: O Filme 2 seria mais coeso, pois o enredo e a comédia remetem ao desastrado Bean, a comédia silenciosa que Atkinson faz em Mr. Bean consegue ser mais engraçada que a do longa. English deveria ser um espião que faz palhaçadas enquanto investiga, mas nesse longa ele mais faz palhaçadas do que faz espionagem, e as duas coisas deveriam estar balanceadas. Jake Lacy vive o vilão que é um bilionário do Vale do Silício, um vilão totalmente sem aprofundamento e com ações obvias. Mas mesmo sem o balanceamento entre espionagem e comédia o filme ainda pode ser uma boa para ir ao cinema, se você simplesmente quer assistir uma comédia sem pretensão e se tiver o tempo livre, o filme é uma boa pedida.