Eu nunca fui muito fã da franquia Jogos Mortais, e só agora assisti os dois primeiros filmes. Porém fui no cinema a pedido de vocês assistir esse décimo filme.
Diferente dos dois primeiros filmes onde o Jigsaw é um cadjuvante. Nesse décimo filme o Tobin Bell retornou pra ser o protagonista que aparece com muita frequência, e o filme gira todo entorno da história dele. Na trama o John Kramer (Bell) tá procurando um tratamento pro seu câncer cerebral debilitante. Por meio de um amigo do grupo de apoio ao câncer. Ele é encaminhado pra uma instalação de tratamento experimental na Cidade do México, comandada pela Cecilia Pederson (Synnøve Macody Lund).
Essa instituição acaba aparentemente fazendo o tratamento no John, só que ele acaba notando que nem tudo que disseram pra ele era verdade, e agora o nosso Jigsaw quer vingança contra as pessoas que enrolaram ele, e é ai que a tortura começa. Todos sabemos que o John é um cara narcisista. Mas nesse décimo filme ele é um vilão que se torna um vingador sádico e prepotente, que tortura falsos médicos trambiqueios, de uma maneira satisfatória e dolorosa.
As armadilhas criadas por ele são bem mais caseiras, simples e torturantes.
Tanto que fiquei impressionado com a forma criativa com que os roteiristas Peter Goldfinger e Josh Stolberg fizeram esse filme ser contido e certeiro. Tudo aqui é menos grandioso, e isso é um dos pontos que mais me deixa feliz. As cenas de tortura são mais ardilosas e bem mais improvisadas, mas ainda são muito bem feitas.
Diferente do segundo filme que teve mais ambientações, nesse décimo filme tivemos um único lugar, onde o John ficava observando suas vítimas e colocando elas em jogos torturantes, pra ver até onde elas iriam, e se elas seguiriam as regras dele. Claro do seu lado tínhamos a Amanda (Shawnee Smith), que virou sua aprendiz, e foi muito bom ver que mesmo ajudando ele a fazer essas torturas ela ainda tinha um coração e isso criava uma dinâmica interessante.
De um modo geral eu senti que esse Jogos Mortais 10 não tem razão real pra existir, mas que bom que ele existe.
O filme se passa entre o primeiro e o segundo filme, é quase que um Jogos Mortais 1.5. Mas a narrativa é tão independente e agonizante que esse filme abraça os recentes fãs da franquia (como eu), e também agrada os fãs mais fervorosos que estão recebendo bombas á muito tempo. Até me impressiona que o diretor de “Jogos Mortais 3D” de 2010, dirigiu esse filme. Ele conseguiu entregar algo muito melhor do que entregou naquele (que foi um dos únicos filme da franquia que eu assisti, e fiquei traumatizado de tão ruim). A atmosfera desse novo filme é efetivamente perturbadora, e os atores foram bem escalados tornando os personagens bem simpáticos.
Esse décimo filme abraça a simplicidade do filme original e nos dá um gostinho ótimo de um jogo mortal merecido pras vitimas. Até o fofinho do boneco Billy aparece, pra fazer uma pontinha aqui. Até por que sinceramente ele é a cara e o coração dessa franquia. Adorei o filme.