sexta-feira, novembro 22, 2024
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Crítica | IO – Netflix (2019)

Em um mundo pós-apocalíptico onde a raça humana foi quase dizimada por conta da atmosfera terrestre se tornar tóxica, as pessoas que conseguiram sobreviver foram obrigadas a ir para IO, a chamada colônia que orbita a lua de Júpiter. Sam Walden (Margaret Qualley) uma jovem cientista, fica na Terra por acreditar na teoria de seu pai, que o planeta voltaria ao normal dentro de alguns anos, e com isso, ela acaba conhecendo Micah (Anthony Mack), um outro sobrevivente que vai ao encontro dela através de mensagens de rádio, para ambos tentarem ir para a colônia numa nave que vai ser enviada em 48h.

Anthony Mack / Margaret Qualley

E é com esse enredo nada inovador que o filme nos conta a história dirigida por Jonathan Helpert, mas apesar de parecer mais do mesmo nos lembrando de muitos outros filmes desse gênero e com uma temática parecida, IO vai além dos personagens e nos faz refletir sobre a vida em si e o que realmente nós temos e o que fazemos de importante com a nossa própria casa (Terra). Isso que o difere dos outros filmes, pois não vemos nele histórias do espaço ou em naves intergaláctica, e sim nos fazendo refletir nas coisas básicas da vida, tanto que o cenário base do filme, uma base da NASA que é onde eles ficam por ser seguro e com uma taxa de oxigênio boa, é onde se passa quase todo o filme.

O filme também faz algumas referências a mitologia grega, além do próprio nome é claro, onde IO é uma das amantes de Zeus, Sam é apaixonada por obras assim, e isso acaba sendo um ponto chave para o fechamento da história. A fotografia do filme é algo que não se destaca muito, mesmo com algumas cenas lindas de pôr e amanhecer do Sol. Já a atuação de Margaret e Anthony, são boas e na medida certa, sem exageros ou erros aparente, fazendo o telespectador sentir em alguns momentos a solidão de ser um dos últimos sobreviventes terrestres, ou mesmo refletir sobre os limites reais do amor, o que realmente é o amor e como nós enxergamos diante de tantos problemas mais palpáveis e reais.

IO não é uma obra clássica que vai nos emocionar como estamos acostumados com grandes obras de Hollywood, mas com certeza vai fazer você refletir em alguns aspectos citados e que por isso, vale a pena assistir já isso que o diferenciou o longa dentre tantos outros.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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