domingo, dezembro 22, 2024
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Crítica | Hanna – 1ª temporada (2019)

Não é de hoje que os grandes serviços de Streaming veem em alguns filmes, a possibilidade de expansão da trama, por meio de uma série. Scream, baseada nos filmes de Wes Craven, Bates Motel no famoso filme de HitchcockWestword, baseada no filme de Michael Crichton, são algumas séries que tiverem um bom e grande desenvolvimento nas televisões. E com esse conjunto em crescimento, a Amazon estreia a sua mais nova série, Hanna, baseada no filme de 2011 de mesmo nome. 

Podemos dizer que a Amazon fez um ótimo investimento expandindo o mundo de Hanna. A série é baseada no filme de 2011, dirigido por Joe Wright, consegue cumprir seu objetivo de contar um pouco mais da história de Hanna, além de introduzir novas particularidade.  

A obra acompanha a jovem Hanna (Esmé Creed-Miles), que foi criada por seu pai Erik Heller (Joel Kinnaman) em uma floresta, isolada da sociedade. Desde a sua infância, Hanna tem sido treinada por seu pai para poder vingar a morte de sua mãe. Entretanto, suas habilidades de sobrevivência terão que ser finalmente testadas, quando ela e Erik são separados por Marissa Wiegler (Mireille Enos), e sua equipe de agentes da CIA. 

Hanna embarca em uma árdua jornada pela Europa. Buscando reencontrar seu pai para fugir dos agentes que a estão perseguindo e descobrir o que está por trás da morte de sua mãe, Hanna, terá que enfrentar desafios físicos e emocionais particularmente assustadores ao longo do caminho. Enquanto isso, ela também terá que aprender a viver em sociedade, o que será uma difícil tarefa. 

Hanna

Diferentemente do filme original, a série do Amazon se preocupa em mostrar a relação dos personagens e a evolução da protagonista, sem fugir da trama principal. Hanna, que viveu na floresta até meados de seus 15 anos, sem contato com ninguém, a não ser de seu pai, tem seu primeiro contato com um menino da sua idade, mostrando para a jovem que o mundo é muito maior do que ela imagina. Um dos pontos fortes de Hanna, são as descobertas que a jovem faz sobre o mundo, como por exemplo a primeira balada, a primeira melhor amiga ou o primeiro beijo, fazendo com que a evolução da protagonista se torne interessante de assistir. 

Hungria, Eslováquia, Espanha e Reino Unido, foram alguns dos locais em que a série foi filmada, tornando o trabalho de David Farr (Legion) muito mais belo. A fotografia da produção está deslumbrante, com algumas cenas bem abertas, mostrando Hanna correndo pelas incríveis paisagens. Outro ponto muito importante dessa temporada é a música, que acompanha as descobertas de Hanna de forma envolvente, dando um tom bem atual para a série.  

 

Esme Creed-Miles, interpreta Hanna, que apesar de ter apenas 19 anos e não colecionar muitos títulos em sua carreira, tem uma atuação que se destaca entre seus colegas de trabalho, interpretando uma jovem curiosa, furiosa e ao mesmo tempo com medo, as expressões e o crescimento da personagem estão ótimas. Já Joel Kinnaman, coleciona bons títulos em sua carreira como Altered CarbonHouse of Cards e The Killing, e aqui, o ator da vida ao personagem Erik, pai de Hanna, que tem uma questão não resolvida do passado. A relação de Esme com Joel também esta fascinante, demonstrando o carinho de pai e filha. Joel Kinnaman não é o único de The Killing na série, a atriz Mireille Enos, interpreta a antagonista de Hanna, Marissa Wiegler, uma das cientistas que deu início ao projeto desenvolvido na série. Rhianne Barreto, que também não tem muitas obras em sua carreira, vive Sophie, a melhor amiga de Hanna, responsável pela a maioria das primeiras descobertas da protagonista.  

Por fim, Hanna vem mostrar o potencial do Streaming da Amazon, que já se destacou por The Man in the High Castle e American Gods. A série criada por um dos roteiristas do filme original de 2011, David Farr, garante certa fidelidade em relação à ideia original, além de conseguir desenvolver mais os seus personagens. Hanna tem uma ótima fotografia, uma trilha sonora envolvente e um elenco de primeira. Hanna chega ao serviço de Streaming dia 28 de março. 

Patrick Gonçalves
Carioca, estudante de comunicação, apaixonado por séries e filmes, coleciono DVD's e ingressos de cinema.

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