sexta-feira, setembro 20, 2024
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Crítica | Eu Sou Mais Eu (2019)

Estrelado por Kéfera Buchmann, que por sinal vem conquistando seu espaço como atriz há algum tempo e vem aprimorando isso, Eu Sou Mais Eu é diferente de outros filmes da atriz e youtuber.

A atriz que protagonizou Gosto se Discute, não mostrou tanta confiança em seu papel  no filme citado, e isso faz a personagem perder um pouco a graça, porém em Eu Sou Mais Eu observamos que atuação está mais confiante e madura, fazendo com o que a personagem Camilla Mendes se torne um pouco mais interessante do que possivelmente estaria.

            Camilla Mendes a princípio é pouco explorada e aos poucos temos uma noção do porque, já que a personagem se mostra metida, arrogante e egocêntrica e nesse momento entra a chave principal da história, e o que poderia levar o filme a ser mais um clichê adolescente, se torna algo um pouco mais interessante, e quem viveu parte de sua adolescência nos anos 2000 vai se identificar aos poucos, com à nostalgia da época.

A viagem de camila aos anos 2000 começa depois de ela negar uma selfie a uma fã maluca (Estrela Straus) que invade sua casa, Camilla Mendes é levada magicamente ao ano de 2004 sendo obrigada a enfrentar novamente todos os perrengues que passava na época, sendo bem diferente da vida luxuosa de super star atual por causa de seus hits de sucesso.

            E com isso, o filme começa a passar algumas mensagens de bullying claramente vividas por Camilla e seu melhor amigo Cabeça (João Côrtes) no seu tempo de escola praticado por Drica (Giovanna Lancellotti) e suas amigas, fazendo o filme passar algumas emoções ao público, até mesmo por questões familiares de Camilla em relação à família que nos faz lembrar nossas próprias perdas. Só que é nessa hora que filme começa ter a uns altos e baixos e isso pode ser considerado um erro no enredo já que não houve nada de novo na história, remetendo a alguns filmes com a temática parecida, coisa que não deve ser levada com tanta importância a ponto de você não ir ver o filme, pelo contrário, toda obra tem sua própria interpretação por quem assiste ainda mais se tratando de um filme brasileiro, onde o olhar de estranhamento é maior por nós mesmos.

 

Por fim, a direção de Pedro Amorim não deixa a desejar no filme, que mesmo não tendo feito outros filmes direcionados ao público adolescente, consegue nos entregar uma boa trama típica dessa fase que juntamente com a trilha sonora do filme nos faz viajar com os hits dos anos 2000 novamente. Tendo um final satisfatório com o proposto inicialmente e deixando uma boa mensagem de autoaceitação, vale a pena ir assistir ao filme, mas sem compromisso.

Vitor Henrique
the authorVitor Henrique
Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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