domingo, maio 19, 2024
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Critica | Espíritos Obscuros (2021) – Guillermo Del Toro errou feio na produção desse filme

Espíritos Obscuros é um filme que tenta ser uma critica social inteligente, misturada com um terror sobre traumas. Porém ele acaba falhando miseravelmente em tudo que ele se propõe.

Espíritos Obscuros tenta tratar nas entrelinhas a tão comentada crise ambiental, e como essa crise trouxe a tona, a criaturas mitológica chamada Wendigo.

Dirigido pelo Scott Cooper (que é bem conhecido por fazer dramas), esse filme é lento, arrastado, e na trama de Espíritos Obscuros é situada em uma cidade mineradora do Oregon, e conhecemos o Frank (Scott Haze), pai de dois meninos, sendo um deles o nosso protagonista Lucas Weaver (Jeremy T. Thomas).

O Frank trabalhava escondido nas minas de carvão da cidade em um laboratório de metanfetamina. Nesse laboratório ele acabou sendo atacado por uma fera estranha, e consequentemente infectando por essa fera. Aos poucos ele foi ficando cheio de raiva, e com muita fome, e com isso o irmão do Lucas também ficou infectado, e o Frank pediu pro Lucas trancar os dois no sótão, e enquanto isso o Lucas ficou encarregado de levar carne pro pai e pro irmão.

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Eles tentam criar um suspense, mas esse tal suspense não chega a funcionar.

Mas mesmo com duas feras no sótão, o Lucas continuou sendo um aluno presente na escola. As poucos a professora Julia Meadows (Keri Russell), acabou encontrando alguns desenhos perturbadores do Lucas e começou a investigar mais sobre a vida dele.

Por também ter sofrido abuso no passado a Julia se sentiu responsável pelo Lucas, e esse abuso a atormenta até hoje, e até fez ela se tornar alcoólatra. Mas sinceramente esses sub-traumas da Julia são bem descartáveis pra trama central. É até meio estranho ela ter voltado a viver na mesma casa que ela teve esse trauma do passado.

A Keri Russell consegue entregar uma personagem empática e relacionável. Ao lado do Jesse Plemons que interpreta o irmão da Julia, os dois entregam uma relação de irmão bem conturbada. Já o jovem Jeremy T. Thomas, vive o Lucas, mas ele é um ator sem carisma, que entrega um personagem bem sonolento.  Eu nunca conseguia sentir intensidade nele.

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Por se tratar de um filme produzido pelo Guillermo del Toro, eu esperava muito mais.

É bem notável, que o Guillermo nem deve ter assistido o filme, posto que ele simplesmente colocou o Money e foi embora. Você até pode sentir que a intenção do diretor e dos roteiristas era boa, mas no final das contas eles fizeram um longa lento e raso.

O filme tenta trazer muitos conceitos, e muitas abordagens, e acaba não acertando em nenhuma delas. Por exemplo temos uma critica rápida ao crescimento de opióides naquela região, depois temos uma abordagem rápida dos traumas da Julia. Depois temos o trauma do Lucas sendo abordado, e depois temos uma abordagem insossa da incapacidade dos policias. Pra finalizar temos a abordagem da trama do Wendigo que traz uma critica ao meio ambiente. Porém nada disso consegue ser bem desenvolvido.

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Algumas dessas abordagens acabam sendo bem avulsas na trama central do filme.

Por falar em trama central que era o Wendigo, aos poucos nós percebemos que a mitologia desse personagem é abordada em uma única cena rápida, com o Warren Stokes (Graham Greene). Um personagem indígena aleatório dizendo que essas criaturas são “espíritos ancestrais que estiveram aqui muito antes de nós e agora eles tão com raiva”. Essa simples frase já diz o quão superficial é mitologia do filme.

Esse é um tipo de longa que você divaga enquanto assiste, você nunca consegue tá 100% preso na tela. Já que além da história tediosa, a montagem do filme acaba sendo horrível.

Enfim eu foi sofrível assistir esse filme no cinema.

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