Critica | Enola Holmes (2020) – O Filme é bom… porém tem defeitos

A Mille Bobby Brown, Sam Claflin, Henry Cavill e Helena Bonham Carter integram o grande elenco de Enola Holmes, e eu já pude assistir ao filme, e venho contar pra vocês o que achei dessa história da irmã menos conhecida do Sharlock Holmes… tudo sem spoilers.

Então eu era uma das muitas pessoas que não conhecia a Enola Holmes, e ver a história dela nesse filme foi até que satisfatório. No filme nós seguimos a Enola (Brown) partindo em uma jornada pra encontrar sua mãe que desaparece e pra isso ela até pede ajuda dos seus irmãos, que não ajudam muito, então ela é obrigada a fugir pra Londres pra procurar a mãe por conta própria. Mas antes de chegar no seu destilo ela esbarra com um jovem Visconde Tewsksbury e se mete em meio a uma conspiração politica e eu sinto em dizer que mesmo que eu tenha gostado do filme, eu ainda acho que ele tem seus defeitos. Porém antes de abordar esses defeitos, vamos falar das qualidades do filme.

Uma das coisas que mais gostei nele, foi a forma que a Enola narra a história e nos ajuda a se aproximar do caso da mãe que ela começa a investigar. Tudo isso é feito de uma forma descontraída onde ela quebra a quarta parede e fala com a gente, tanto pra pedir conselhos indiretamente, ou pra tentar se explicar ou pra nos contar sobre seu passado…. ela usa essa quebra pra realmente se aproximar de nós espectados e isso na maioria das vezes funciona bem.

A Enola tem suas peculiaridades e particularidades.. porém eu definiria ela como uma versão feminina do Sharlock (Cavil) e a Millie foi a escolha perfeita pra viver essa personagem, assim como o Henry foi a escolha mais que perfeita pra viver o Sharlock. A escalação de cada ator foi perfeita e a química entre todos eles estava incrível. A única química que não me desceu muito foi a da Millie com o Louis Patridge, que vive o Visconde de Tewsksbury ( eles se dão muito bem em cena, o Louis é um ator carismático, mas pra mim os dois funcionam mais como amigos do que como um casal, e durante muitas cenas do filme é perceptível que eles inclinam a relação dos dois pra um romance, e eu não curti muito isso, mas fazer oq né.

O filme usa planos bem abertos e amplos com paisagens e cenários bem claros tudo isso pra realmente aproveitar a beleza da Inglaterra e isso é maravilhoso. A montagem desse filme é complicada! É uma montagem cheia de cortes e takes rápidos, já que sempre temos insights sobre a rapidez que a Enola pensa, isso também é muito divertido de ser visto. Mas o que mais me incomodou no filme, foi a forma que eles começam a colocar a politica local como o estopim pra todos os acontecimentos.

Todos incrivelmente estavam ligados a politica, todos estavam focados em fazer ou não a reforma politica acontecer, e isso na minha visão foi uma motivação meio passada… já vimos isso 3000 vezes em outras histórias, parece que essa trama foi requentada e além disso eu fiquei ainda mais puto quando descobri o vilão do filme com ainda 1 hora de filme pra acabar.

Assim o filme tem seus pontos positivos, mas temos que encarar que esse é um filme fácil, é um filme que não quer ousar, e também é um filme que mostra independência, mostra bravura e mostra que você é a pessoa que faz o seu destino. Eu gostei do filme, mas esses pequenos erros, me fizeram as vezes ficar um pouco enfurecido… por que eu confesso que queria ter amado o filme.