Uma enfermeira desconfia que sua colega de trabalho pode tá matando pacientes. Na minissérie dinamarquesa Enfermeira da Netflix só tem 4 episódios, e é baseada em uma história real.
Já deixo avisado que essa história não tem nada haver com O Enfermeiro da Noite, aquele filme que também é baseado em um caso real. Essa minissérie é outra história real de um enfermeiro maluco.
Nessa série true crime acompanhamos a Pernille Kurzmann Larsen (Fanny Louise Bernth), que começa a trabalhar no Hospital Nykøbing Falster, na Dinamarca, e ela conhece a Christina Aistrup Hansen (Josephine Park), uma enfermeira da emergência que trabalha no turno da noite, e está constantemente salvando pacientes que sofrem parada cardíaca. No entanto, a Pernille suspeita que tem algo de errado, já que essas paradas cardíacas acontecem com muita frequência, e aos poucos ela começa a conectar tudo a Christina.
A Josephine Park interpreta perfeitamente bem o papel da Christina.
Ela não demonstra dificuldade em ser uma personagem carismática, charmosa, mas ao mesmo tempo misteriosa. Quanto mais os episódios vão passando mais camadas vão sendo apresentadas, e mesmo quando chegamos na resolução da trama no último episódio essa personagem continua com um cinismo assustador.
Alías a Christina foi diagnosticada com o transtorno de personalidade histriônica. Onde a pessoa busca ser o centro das atenções, fala de forma dramática, tem opiniões fortes, é facilmente influenciada, muda facilmente de humor e acredita ter relações mais próximas do que elas realmente são.
Porém o grande foco dessa série é a Pernille (Fanny Louise Bernth), a enfermeira que precisa se adaptar ao seu primeiro emprego na área de enfermagem depois da sua graduação. Por isso ela não quer se intrometer demais em assuntos que podem á prejudicar.
A atriz que vive a Pernille consegue ser sutil, doce e tímida.
Entretanto ela é muito observadora e percebe que ninguém se pergunta o por que tanta gente morre de paradas cardíacas repentinas. Um dos motivos é por que elas trabalharam na emergência, e ninguém desconfia do número de mortes que acontecem. O outro motivo é que a Christina é uma querida por todos.
Mas a Pernille vai por conta própria atrás de respostas e a série desenvolve tão bem a obstinação dessa personagem. Temos tanto suspense nessa tal busca pela verdade, e a cada nova tentativa de ressuscitação de um paciente eu ficava arrepiado. Principalmente vendo a Christina fazendo massagem cardíaca nas pessoas e quebrando as costelas sem dó. Enfim me dava uma agonia tremenda, porém ainda assim eu me diverti demais no primeiro episódio, com a Pernille e a Christina cantando I Will Survive.
A série vai prender muito a sua atenção, podem assistir que vocês não vão se arrepender.
O ritmo é ótimo, roteiro é bem escrito, a direção cria uma ótima atmosfera pro suspense. Também temos uma ótima fotografia e uma trilha sonora envolvente. Além de claro, uma resolução conclusiva. Por falar dessa resolução agora quero falar rapidamente do caso real, que a série abordou muito bem.