segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Critica | Disque Amiga Para Matar – 1ªTemporada (2019)

Depois de muitos cancelamentos, dá até medo de começar a gostar de uma nova comédia da Netflix.

Disque amiga Para Matar (Dead To Me), é a nova comédia, que assim como Santa Clarita Diet (recentemente cancelada), tem um humor subversivo e intenso onde conta com protagonistas fortes que se unem por um motivo parecido, e seguem em uma narrativa fluida de episódios divertidos de 30 min, muito disso é divertido por conta do criador veterano Liz Feldman (que foi responsável por 2 Broke Girls), que sabe desenrolar o relacionamento entre duas garotas.

A série é estrelada por Jen (Christina Applegate), corretora que ficou viúva e agora tem que sozinha criar seus dois meninos ao mesmo tempo que tem que superar a morte de seu marido. Enquanto estava tentado superar a morte, em um grupo de auto ajuda, ela conhece Judy (Linda Cardellini), uma mulher evasiva, que é muito empática e faz amizades rapidamente, ela provoca em Jen uma forte sensação de aconchego, e agora as duas se tornam amigas inseparáveis. Mas acaba que Judy não tem contado tudo sobre seu passado, e então ao decorrer dos episódios voçe começa a descobrir um lado diferente dela.

Essa é uma daquelas séries que mistura um pouco de vários temas em um só, em alguns momentos você encara ela como um thriller investigativo, em outro como uma comédia pastelão, em outro você auto duvida da veracidade das personagens, mas no final de tudo isso a série é a mistura perfeita, para uma dramédia divertida que logo que finaliza um episódio você fica querendo mais e mais. Posso unificar a série e dizer, que Big Little Lies se junta com Desperate Housewives e para finalizar você pode colocar uma pitada de Emily Throne sendo que a cereja do bolo seria o Santa Clarita Diet.

Dead To Me

Applegate está com um papel excepcionalmente recheado de uma carga emocional e ela sabe lidar com isso muito bem, caminhando entre a tristeza e raiva e por conta disso Jen tende a se descontrolar com as pessoas, e acaba se excedendo em alguns momentos, especialmente quando alguém tenta ajudar ela além disso ela tem os problemas familiares com Henry (Luke Rosseler) e Charlie (Sam McCarthy), onde um se mostra muito rebelde e o outro está em um confronto religioso. Cardellini já interpreta uma personagem, paz e amor, que ao mesmo tempo que é controlada se mostra uma bagunça completa, ela é meio desajustada e tem um relacionamento com Abe (Ed Asner), um paciente da casa de onde ela trabalha. Ela é uma grande mentirosa, e muito disso é jogado em cima de Jen, onde as mentiras de Judy começam a crescer em uma proporção épica que depois se torna uma verdade absoluta, que é um dos grandes pontos centrais da trama.

A série está repleta de cliffhangers e você verá alguns deles nos primeiros episódios, porém a Netflix se subestimou quanto teve a audácia de fazer uma surpresa muito grande, e claro isso que acontecerá pode ser que gere um burburinho nas redes socias, sendo que é um dos pontos chaves para a série progredir, mas ao mesmo tempo parece que é um grande tropeço para uma futura temporada.

Em considerações finais Applegate e Cardellini são a alma e o coração da série, sem elas nada disso funcionaria tão bem quanto ficou, nenhuma reviravolta seria capaz de atingir tão forte quanto atingiu e nenhuma nuance seria bem explicita como ficou. Os segredos dos personagens podem não ser a trama chave, mas acaba que isso se torna a parte envolvente e que se conecta muito bem para as duas ficarem juntas, a comédia sombria tem seu valor e consegue fixar bem em uma nova amizade diferente e com as diversas reviravoltas narrativas e surpresas a série pode ser um divertimento para o final de semana.

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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