Critica | Depois de Tudo (2020) – Drama romântico da TNT, aborda autos e baixos de um relacionamento

Depois de Tudo (After Everthing), um filme romanticamente trágico, sobre autos e baixos de um casal.

O maior mérito do filme é a história bem construida e os dois diretores e roteristas Hannah Marks e Joey Power, balanceiam, o dado feminino e masculino muito bem aqui.  Esse é um filme que tem um protagonista com câncer, mas na verdade o câncer não á levado para o lado dramático, já que essa doença uniu nosso casal de protagonistas. Mas a real pergunta que o longa faz é, e depois de tudo, o que firmará a união dos dois?

O filme tenta deixar questões dramáticas, menos clichês e menos sofríveis, e foca em tratar melhor sobre as questões do nosso casal de protagonistas.

O Jeremy Allen White interpreta o Elliot, um jovem que mora com o colega de trabalho, usa muitas drogas e é viciado em sexo, e depois de uma noite de sexo doloroso, ele faz um Raio-X e uma biópsia e descobre um uma forma rara de câncer, e logo em seguida acaba conhecendo a Mia (Maika Monroe) em uma estação de metrô.

Ela é a primeira pessoa que sabe do câncer dele, e aos poucos (porém bem rápido), os dois aos poucos vão se conhecendo melhor, e mesmo que ela seja mais reservada no começo do filme, o relacionamento dos dois vai avançando e a Mia começa a se tornar mais presente na vida do Elliot, sendo que quando ele conta sobre o câncer para os pais, ela está lá com ele.

O relacionamento desses dois acontecem em um flash, e o que normalmente deveria ser construido aos poucos, com eles é feito em poucos dias, e tudo isso leva os dois a fazerem coisas que eles podem se arrepender no futuro, mas mesmo assim eles fazem já que sabem que o Elliot pode não ter uma amanhã pra se lamentar.

Dois jovens de 23 anos, que moram em Bushwick, passam por problemas de relacionamento depois do câncer.

A grande reviravolta – que não é tão grande assim – é que o Elliot acaba se curando do Câncer (isso não é um spoiler, já que o clímax do filme é outro) e essa nova realidade, faz com que o Elliot acabe vendo que ele terá um futuro, e que as consequências de tudo que ele fez antes podem ser devastadoras. A segunda metade pro final do filme, é uma fase pós-câncer de amadurecimento para a Mia e principalmente para o Elliot.

Allen White realmente serviu muito nesse filme, ele era apático na medida certa pra encarnar um jovem com câncer enquanto a Monroe entrega uma interessante personagem cheia de camadas.

Já digo pra vocês que esse é um filme Indie, não vão achando que esse é um filme parecido com A Culpa é Das Estrelas, por que realmente ele não é. Tudo que você vê nesse filme é um reflexo de uma realidade que vemos poucas vezes nos filmes, já que na maioria das vezes vemos o câncer e o filme acaba na hora que o personagem morre, e aqui a trama é focada na cura e nas consequências de tudo que a pessoa com câncer fez no passado.