O Coringa de Joaquin Phoenix está fenomenal, esse é o melhor papel dele!
A DC já foi muito questionada, por tentar produzir filmes com uma temática mais dark e dramática, como Batman Vs. Superman, Esquadrão Suicida e Homem de Aço. Então depois de muitos erros eles chegaram, com os acertos cômicos de Aquaman e Shazam. Além de trazer a belíssima Gal Gadot par viver a a Mulher Maravilha. Mas agora parece que a era dark realmente chegou para o selo.
Chegamos então nesse filme – desse grande universo de quadrinhos – que a principio não faz parte do DCEU – mas eu acho que depois do sucesso que ele fará nas bilheterias, os olhos da Warner vão brilhar para uma sequência e para a adição ao DCEU – Joaquin Phoenix interpreta Arthur Fleck, um pobre homem (que me disseram que tem 30 anos, mesmo não parecendo) ele vive com sua mãe (Francis Conroy) que é obcecada por seu ex-chefe Thomas Wayne (Brett Cullen) que é um magnata da cidade – que vocês já conhecem como o pai do Bruce – ele quer se candidatar a prefeito e limpar a cidade do crime.
Arthur trabalha como palhaço, para pagar as contas, mas ele sonha em ser um comediante de stand-up e idolatra o mais famoso apresentador de talk-show da cidade, Murray Franklin (Robert De Niro). Arthur tem muitos problemas pessoais e mentais e vive passando em análises psicológicas, para poder comprar seus diversos remédios, e depois de muita chacota que as pessoas fazem com ele ele acaba se tornando o Coringa e botando o terror, nas pessoas que merecem… e nas que não merecem (ou na verdade merecem!).
Co-escrito por Todd Phillips e Scott Silver e dirigido por Phillips, Coringa é uma história de origem sobre a acessão de um dos maiores vilões do Batman. Nós já vimos anteriormente grandes performances de Jack Nicholson ( Batman de 1989 ), Heath Ledger (O Cavaleiro das Trevas de 2008 ) e Jared Leto (Esquadrão Suicida de 2016), então por que ter mais um coringa? Essa foi a minha pergunta após o primeiro anuncio desse filme, mas depois de sair da sala de cinema – após a exibição de imprensa – eu entendi totalmente o sentido de mostrar essa história excêntrica e diferente desse vilão – que na maior parte do filme, eu senti dó, de como a sociedade o tratava.
Esse filme não é totalmente baseado em uma única história – até por que uma história de origem nunca foi tao bem detalhada – então o Phillips escolheu o Phoenix pra viver o Arthur que nesse filme até encontra uma forma de conexão com outra pessoa que não seja ele mesmo, que é a Sophie (Zazie Beetz), uma vizinha do final do corredor que assim como ele repudia Gotham. O interessante do filme, é que mesmo você sabendo que ele será um vilão, você acaba torcendo pela felicidade dele, você cria uma empatia estranha, que faz com que você entenda todas as motivações dele. A grande transição dele de Arthur para Coringa é lenta, mas é relativamente bem feita, e o Phoenix é digno do Oscar, pois sua atuação eleva o nível do personagem (que já foi muito bem interpretado), sua performance arriscada reinventa um personagem que até agora chegou até nós completamente formado.
Phillips e Phoenix merecem o crédito por repensar o que um filme de quadrinhos pode ser, esse é um filme que não está sobrecarregado com a criação de enredos para vários filmes, e para um universo estendido – que eu acho que acontecerá no futuro. O Coringa permanece fiel ao seu enredo independente, com acenos sutis ao seu arque inimigo Batman, adicionando um toque agradável de boas representações aos acontecimentos corriqueiros dos tempos atuais.