Uma aula interativa, divertida e assustadora de como drogas são e sempre serão presentes na vida de todos, mesmo que indiretamente.
Você já assistiu Breaking Bad , por que milhões de pessoas já assistiram, e viram como um homem que até então era somente um professor, se tornou um traficante de drogas, mas diferente da série da AMC, o show alemão da Netflix, Como Vender Drogas Online (Rápido) tem uma premissa similar, mas coloca a história em um cenário diferente e conquista o público com personagens divertidos e malucos.
A história é centrada em Moritz ( Maximilian Mundt ), um estudante de 17 anos de idade e um nerd total da computação, que parece que sempre está um passo afrente de todos. Ele mora em uma pequena cidade alemã, e quando sua namorada (Anna Lena Klenke) volta de uma viagem de NY e termina com ele, isso vira a vida dele de cabeça pra baixo. Ela retornou para a Alemanha com uma vontade maluca por pílulas, que causam euforia, e nisso o tímido Moritz vê a oportunidade de reconquistá-la tornando-se um traficante de drogas.
Criado por Philipp Käßbohrer e Matthias Murmann, a série mostra não um traficante obscuro e maldoso, mas tenta destacar um amor sem igual, que espreitam nas sombras em uma esquina – assim como o Joe na série YOU da Netflix, brincadeira – sendo que seus métodos são modernos, seguros e anônimos. Tudo é muito eficiente e seu mecanismo parece infalível, para os compradores sempre conseguirem a próxima dose de felicidade. Com a ajuda de seu melhor amigo Lenny ( Danilo Kamperidis ), Moritz logo começa a vender drogas on-line rapidamente e um site, imperceptível, mas acessível.
É divertido ver como a história é narrada e como a série quebra a quarta parede entre ser uma comédia dramática e ao mesmo tempo se auto julgar entre suas cenas. Uma história sobre amizade, falta de direção e poder. Assim como Sex Education, essa série tem um grande potencial para ser uma febre instantânea, ela tem todos os ingredientes necessários, problemas adolescentes, dramas subsequentes, drogas, sexo e maluquices. Sendo que eu achei os monólogos de Moritz são alegres, e simultaneamente estranhos.
A edição da série é perfeita e feita milimetricamente, para tudo parecer real, e anamórfico, a estética das paginas online e a qualidade executiva de uso de celulares é somente um retrato do nosso atual momento – provavelmente você esteja lendo essa matéria do seu celular – hoje em dia os cometários online são nosso norte, para escolhermos, onde vamos jantar, o que vamos comprar, para onde vamos viajar, tudo é baseado em vivencias de outras pessoas, em comentários de outras pessoas, e a série mostra exatamente isso de uma forma sub-entendida.
A série foi feita, para uma geração mais jovem! Pois os mais adultos podem achar as ações dos personagens e a edição da série muito inconsequente, mas nada tira o mérito do bom caminho – mesmo que maluco – que a primeira temporada de oito episódios de meia hora, seguiu, o ritmo frenético, que a série segue provavelmente fará com que você maratone.
- Ah, a série é uma grande sala de aula, tanto sobre os efeito das drogas como de muitas outras coisas. Realmente a explicação da DarkNet no episódio 2 foi fenomenal.
Amigão corrige ai “paço” no terceiro paragrafo, segunda linha
A série possui 8 (oito) episódios? Só para sanar a dúvida mesmo, já que na Netflix estão dispostos apenas 6 (seis).
Foi erro mesmo, mas valeu pelo toque.