segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Crítica | Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível (2018)

Marc Forster tem bons filmes em sua carreira, já dirigiu O Caçador de Pipas, Guerra Mundial Z, 007 – Quantum of Solace e Em Busca da Terra do Nunca. Agora o diretor retorna as telonas para contar um pouco da história de Christopher Robin e da turminha do Ursinho Puff (Ursinho Pooh, originalmente). As aventuras do ursinho Puff já foram uma das grandes animações aproveitadas pela Disney, ultrapassando até a história do Mickey em certa época. Forster traz então uma grande, especial e fofa recordação da infância.

Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível acompanha o jovem Christopher Robin (Ewan McGregor) deixando sua infância, principalmente seus amigos da turminha do Pooh, para trás ao ser matriculado em um orfanato pelo pai viciado em trabalho. Robin cresce, constrói sua família, e perde a alegria e a pureza de ser criança, tornando-se um homem extremamente trabalhador. Madeline (Bronte Carmichael) filha de Christopher é uma criança fofa, mas que sofre com a dureza do pai, que a faz estudar diariamente, abananando a melhor fase da vida, a infância. Evelyn (Hayley Atwell), esposa de Robin, não tem seu arco muito desenvolvido, assim como a filha, e é uma esposa que vive ao lado do marido, tentando trazer um pouco de carinho e inocência para filha.  

Marc conta sua história de forma calma e sem muitos Plots Twists, as vezes ficando preso em algumas cenas, desnecessariamente. A narrativa do filme é previsível, mas se sustenta pela mensagem que passa. Christopher Robin é feito para família, e especialmente para crianças, e aborda a perda do sentimento infantil nos adultos, que crescem e ficam viciados no trabalho, esquecendo de aproveitar a vida de maneira alegre, além de perderem a inocência, têm suas fantasias pisoteadas pela vida adulta. 

As atuações estão boas, mas são extremamente estereotipadas, deixando de ser o ponto alto do filme. Hayley Atwell é aquela esposa tímida, sem muita agilidade, Bronte Carmichael apresenta um grande potencial, mas é atropelada pelos acontecimentos do filme, deixando seu arco de lado. Ewan McGregor está muito bem, é um funcionário excessivamente dedicado, até demais, se afastando um pouco de sua família, ao se tornar um adulto seco e rígido, até o momento em que reencontra os protagonistas de suas infância, que o fazem reencontrar a alegria da vida. 

Já a computação gráfica do filme está impecável, e é um dos pontos altos do filme, os personagens infantis estão bem feitos, com uma textura bonita de se ver, e uma locomoção que no começo pode parecer estranha, mas que explicada ao longo do filme, da um toque especial aos personagens. Na animação a turminha do Pooh pode ser vista por todo mundo, e Marc faz um ótimo trabalho unindo o CGI ao mundo real. 

É interessante notar as câmeras fechadas usadas pelo diretor, para não estragar a Computação Gráfica, deixando a animação bonita de se ver. As cores também são usadas para transmitir o crescimento de Christopher e a perde da alegria da infância, quando Robin está com seus amigos infantis, ele usa roupas coloridas e está em um ambiente com cores vivas, já quando está no trabalho ou algo relacionado, ele usa tons mais escuros e o ambiente é menos colorido. 

Christopher Robin – Um Reencontro Inesquecível tem seus lados negativos e pospositivo, sendo uma boa animação para assistir em uma tarde com a família e crianças. Marc Forster faz um filme com uma narrativa calma e previsível, sem muita ação. Os atores não são bem usados, mas já as imagens gráficas estão impecáveis, fazendo o filme valer a pena, a turminha do Pooh traz a nostalgia do desenho de antigamente. Christopher Robin é uma animação gostosa de se ver e que passa uma linda mensagem.

Patrick Gonçalves
Carioca, estudante de comunicação, apaixonado por séries e filmes, coleciono DVD's e ingressos de cinema.

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