sexta-feira, maio 17, 2024
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Critica | Calmaria (2019)

Calmaria é um barco estrelado que se vê em uma maré muito forte e acaba afundando e se perdendo dentre do mar aberto.

Vendido como um thriller de mistério, Calmaria (Serenity) se desenrola como um drama ao mesmo tempo que tem um pilot twist bem maluco. O enredo se faz muito simples de uma forma que em alguns momentos os personagens mais carismáticos perdem seu brilho e se tornam apenas paredes monótonas, Matthew McConaughey – é a estrela desse Show de Truman, ao mesmo tempo me faz pensar, será que McConaughey está em um interminável loop da Ed TV ? – interpreta Baker Dill, um veterano de guerra que virou pescador, em uma ilha paradisíaca, e comanda um barco chamado Serenity, com o seu amigo (Djimon Hounsou) que vive reclamando sobre a pouca quantidade de gasolina. A  principal fonte de renda de Dill deveria ser suas viagens turistas no seu barco mas seu trabalho de meio expediente como prostituto para sua amante Constance (Diane Lane) que vive perdendo seus gatos e a pescaria tardia de atum são os que mais ajudam a pagar um birita no final de um dia puxado.

O que mais atrapalha nos negócios turísticos de Dill é sua estranha obsessão em capturar um enorme atum que ele chama de “Justiça”, eis que depois de um começo lento um jogo de câmera divino nos apresenta Karen (Anne Hathaway), que pode ser chamado de big trouble, Karen foi a namorada de infância de Baker com quem ele tem um filho. Karen chega a pequena ilha comum proposta irrecusável, e claro com muitas novas de dinheiro, a principio nós sabemos que ela se casou com um ricaço, narcisista. E em alguns teque depois descobrimos que seu nome é Frank (Jason Clarke) e que o principal divertimento dele é agredir Karen por prazer.

Ela não aguenta mais passar por isso e oferece a tal proposta que comentei antes, dizendo “leve Frank para pecar e durante a pescaria deixe ele cair aos tubarões que eu te pago 10 milhões em dinheiro vivo.”, mas acaba que Baker recusa a proposta e segue sua vida, porem Karen, é persistente e em sua primeira pedida resulta em uma cena de sexo que logo em seguida Baker aceita a proposta de matar Frank. O pior é que você torce para Baker matar o agressor de Karen , ele é incrédulo e uma péssima pessoa, até mesmo tira sarro com seu enteado que ele não sabe que é filho de Baker, tudo está propenso a uma morte rápida.  

Com mergulhos nu, cenas de sexo e um flashback do mergulho nu novamente McConaughey meio que se perde em quem realmente é seu personagem Baker. Sabemos que ele é solitário e anceia pegar o grande atum, mas ele parece só um personagem em um pequeno vilarejo ele frequentemente tem devaneios com seu filho, e até mesmo Karen menciona uma conexão estranha que os dois tem. Hathaway teve um papel tão mau desenvolvido, ela é uma atriz com tanto potencial e só serviu e saco de pancadas para seu marido abusivo, uma pena.

Então chegando ao real ponto o filme se constrói em cima de Baker ter um proposito em sua vida, pegar o tal atum ao mesmo tempo que é confrontado a aceitar os 10 milhões para desovar o marido de Karen no mar aberto. Mais o que eu ainda não comentei é que a parte estranha do filme começa quando um vendedor ambulante (Jeremy Strong) engomadinho com óculos redondo encontra Baker e o induz a não matar o Frank, ele se nomeia de regra e a partir dai tudo começa a virar um grande jogo maluco .

Calmaria pisa em seus próprios calos mas ainda sim tem uma metáfora poética, ele entrega uma reviravolta que se apoia até o final do filme e mesmo sendo meio maluco é necessário conferir para se tirar as próprias conclusões.

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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