Black Summer é uma série simples porém complexa que merece sua atenção.
A nova série de zumbis Netflix vem dos mesmos produtores de ZNation, e alguns dizem que faz parte do universo da série, ela é na verdade um prequel que tem ligação, mas não é necessário assistir a outra para entender essa. Mas diferente de Z Nation que é cheia de comédia, Black Summer é uma série mais série que foca em mostrar o mundo assustador do inicio de uma pandemia.
Black Summer apresenta mortos vivos ferozes!
A série se incia com uma família do subúrbio, se arrumando as pressas para irem para algum lugar, eles aparentemente fogem de algo e querem se abrigar em um local seguro, e logo de inicio não vemos os mortos vivos, só os vemos em uma cena mais avante, onde o primeiro zumbi é o patriarca da família do inicio da série. Então agora que o patriarca morreu e voltou a vida, a mulher dele Rose (Jaime King), terá que acabar com o sofrimento dele e salvar sua filha que foi levada pelo governo antes dele se transformar.
O mais legal da série é que ela meio que é dividida em capítulos, então a história tem uma narrativa fluida que ao mesmo tempo nos informa os momentos vividos, sendo que não só temos Rose como protagonista, temos Sun, Ryan, Barbara, Lance e Spears que também compõem o grupo de sobrevivente, que depois do primeiro episódio eles acabam se encontrando.
O piloto foi uma introdução, já o segundo episódio realmente começa a ação!
Com Zumbis bem rápidos assim como em Z Nation, a série mostra seu potencial a partir do segundo episódio, onde os centros estão em cada personagem separadamente escolhidos e unidos. Os episódios são deliciosamente bem enrolados, e curtos, e a série acaba que não fica cansativa, ela sabe ser inteligente em usar todos os minutos para mostrar perseguições de roer as unhas, e eu dou os parabéns ao diretor John Hyams que também ajudou a escrever alguns dos episódios. A conexão das histórias me deixou bastante fizado, pois a cronologia é totalmente jogada fora, e o foco é mostrar cada perceptiva de cada personagem. Kyung-son/Sun (Christine Lee) é minha personagem favorita – mesmo ela não falando, ela fez mais do que muitos. se tornou o meu personagem favorito.
A série é impressionante, mesmo quando erra, o espectador consegue fingir que não viu e é avassalado pro uma ótima cena em seguida. Uma coisa que faz parta é a trilha sonora, que na maioria das vezes é bem escassa, muito disso é para facilitar as transições de cena, mas uma sonoridade de fundo não faria mal. Outro foco são os poucos cortes, você consegue perceber que as cenas são feitas em um único Take, os cortes são só feitos na hora de mudar de grupo, e o jogo de câmera usa muito da perseguição e da visão direta para deixar as cenas mais reais, como se você estivesse dentro do universo de zumbis.
O que realmente ficou um pouco chato é que o enredo principal de uma mãe procurando sua filha é esquecido em alguns momentos e o instinto de sobrevivência prevalece, poucas vezes são mencionadas o regate, porém as surpresas da série e a angustia transmitida fazem a série valer mega a pena para uma maratona no final de semana.
“Black Summer” – diferente de outras séries do gênero Apocalipse Zumbi como “The Walking” Dead e “Fear The Walking Dead”, por exemplo – tenta ir direto ao ponto e desnudar um pouco da natureza humana, mostrando como pessoas comuns provavelmente agiriam em situações de extremo estresse. Um outro ponto que creio chamar muito a atenção filmes pós-apocalípticos é o fato de que ninguém está imune à morte súbita em um mundo que está desmoronando. Essas obras nos ajudam a ver e a valorizar a nossa sociedade e alguns de seus valores que a sustentam. Afinal, ainda que essa sociedade não seja perfeita, ela nos preserva da barbárie e do caos.