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Critica | Assassination Nation [País da Violência] (2018)

Um filme que parece mais um GTA, do que um filme, mas estranhamente a história funciona, não do jeito convencional, mas é um bom divertimento momentâneo.

O longa vem do diretor e roteirista Sam Levinson e se vocês como eu já assistiram Euphoria, o mais recente trabalho dele, você sabe que sua insanidade é colocada a prova. O bullying, transfobia, masculinidade tóxica, porte de armas, racismo, assassinato, tentativa de estupro, tortura, violência, gore e nacionalismo são todos colocados como plano de fundo para os personagens meio malucos.

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Assassination Nation é um filme para poucos, e ele já começa sua introdução mencionando isso (“Esta é a história de como minha cidade perdeu a porra da cabeça”, essa é a narração inicial feita pela protagonista), então você só continuará assistindo se você realmente tiver estomago, esse é um daqueles filmes que pode mexer com sua auto-estima, pois ele não tem medo de mostrar seus reais intenções, como por exemplo a masculinidade toxica existente nos dias de hoje, ou de mostrar o mal que as redes sociais estão causando em nós, e tudo é implicitamente colocado para realmente te causar um questionamento e um incomodo. Levinson realmente ressaltou a hipocrisia das pessoas, e isso causou uma carnificina no final das contas – tudo foi muito exagerado, mas serviu ao propósito de mostrar o que ele queria.

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Odessa Young estrela o filme, como Lily a jovem de 18 anos, que mora em uma típica cidade americana, junto com suas três melhores amigas – Sarah (Suki Waterhouse), Em (Abra) e Bex (Hari Nef) – este quarteto passa seus dias bebendo, fumando, fazendo sexo, enviando nudes e sendo típicas adolescentes estenotipadas americanas. Então, alguém hackeia o computador do prefeito, que tem varias fotos duvidosas, e para abafar o caso ele prepara uma coletiva de imprensa que termina com um tiro, que vira uma febre nas mídias sociais;

Logo em seguida o diretor da escola (Colman Domingo) vê seus textos, e-mails , histórico do navegador, e tudo que estava ao alcance do hacker ser divulgado, então os segredos de todos podem chegar à Internet e todo mundo é um suspeito. A partir dai o filme começa a encaminhar sua narrativa, que coloca Lily como a principal suspeita. Sendo que a muito violência popular e os crimes de ódio sob o disfarce do orgulho nacionalista, é um ponto forte a partir desse momento. Sendo que milícias, com machos alfa da escola local, e até mesmo pais de família, como o personagem de Joel McHale, se transformam depois do colapso social.

A primeira metade do filme é uma introdução calorosa das personagens, onde percebemos os seus gostos e suas obrigações na sociedade em que vivem, sendo que todas mesmo sendo amigas escondem segredos umas das outras, já na segunda metade é uma metade mais gore, e com direito a cenas de ‘Uma Noite de Crime‘, onde vemos intrusos cercam a casa onde Lily, Sarah, Em e Bex estão assistindo a um filme, e eles se infiltram na casa e vão lentamente capturando uma a uma, sendo que a montagem dessa cena com a câmera invertida é maravilhosa. Ainda nesse cena temos tiroteios e uma perseguição as escuras, e uma morte muito bem coreografada.

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Pra finalizar, o filme dá um veredito de onde tudo termina, mas ainda deixa um questionamento no ar… alguns personagens não foram muito bem utilizados (como a Baby B, Bella Throne), mas a raiva incoerente, e as cenas sensacionalistas levam o filme a uma realidade que nós conhecemos, só que de uma forma mais aberta.

Matheus Amaral
the authorMatheus Amaral
Sou simplesmente apaixonado por filmes e série, herói favorito da DC Superman (Smallville <3), herói favorito da Marvel Feiticeira Escarlate (Wanda), fanatico por comédias e maratonador de séries.

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