A franquia Harry Potter era ótima, enquanto a franquia Animais Fantásticos é no máximo boa. Entretanto entre erros e acertos, Os Segredos de Dumbledore consegue ser assistível e divertido.
Os Crimes de Grindelwald foi todo bagunçado e sem foco. Esse terceiro filme é tenso, emocionalmente e repleto de um ótimo CGI. Entretanto, ele não chega aos pés do primeiro filme, que deu inicio a essa saga prequel .
Os Segredos de Dumbledore é focado em mostrar o Newt Scamander (Eddie Redmayne), se juntando com Alvo Dumbledore (Jude Law), Jacob Kowalski (Dan Fogler), Professora Eulalie “Lally” Hicks (Jessica Williams) e outros aliados, pra tentarem frustar qualquer plano que o Gellert Grindelwald (Mads Mikkelsen), esteja tramando.
Todos eles sabem o quão maldoso o Grindelwald é, e depois dos acontecimentos do filme anterior. Ele precisa ser preso imediatamente. Entretanto, o Grindelwald sempre tá um passo a frente, e ele se torna o principal candidato pra se tornar um ministro da magia, e com isso a nossa trupe liderada pelo Newt precisa deter ele antes que ele seja eleito.
Depois de ficar apagado no filme anterior, o nosso Newt Scamander, finalmente volta a ser o centro das atenções, e o Redmayne ganha seus momentos pra brilhar com uma performance cativante desse magizoologista. Ele consegue fazer o Newt ser um espertalhão, repleto de bondade e amor, e a conexão dele com os animais torna a jornada ainda mais cativante, e a breve aparição da Tina (Katherine Waterston) consegue ser um ponto fixo pra desenvolver esse persongem.
Já o Jacob Kowalski é um cara bobão, com um coração de ouro, e ele rouba a cena nesse filme e se torna um grande personagem na jornada mágica pra acabar com o Grindelwald. Além disso o Jacob tem assuntos inacabados, principalmente com a atual vilã a Queenie Goldstein (Alison Sudol), mas esses dois encontram um momento pra se conectarem novamente, já que o amor deles é infinito. O Fogler tem desenvoltura, e entrega uma cena emocionante, principalmente por conta da sua bravura.
Enquanto isso o Mikkelsen substitui o Johnny Deep, como Grindelwald e mesmo que ele seja um ótimo ator, o personagem vivido pelo Deep era mais bem caracterizado, e passava uma sensação bem mais pungente que o Mikkelsen. Entretanto o essa nova roupagem do personagem se casa melhor com as cenas de romance com o Dumbledore. Ele tem uma química interessante com o Law, e isso se intensifica na batalha final entre os dois.
Depois dos dois primeiros filmes, a mais recente franquia do mundo bruxo ganhou um terceiro filme coerente, que entrega o prometido.
Por melhores que sejam os membros do elenco que retornam, os recém-chegados são indiscutivelmente mais memoráveis. Williams é o destaque indiscutível; como professora na escola de bruxaria americana Ilvermorny, ela é o nosso melhor vislumbre da escola de magia adjacente a Hogwarts que ouvimos falar, mas ainda não vimos. Ela come cada cena e absorve cada momento. Esperamos ver mais dela na sequência.
Essa terceira parte da franquia enfatiza o coração, o humor e a sabedoria aguçada que ajudaram a tornar a série Harry Potter tão popular. Tanto é que temos muitos referencias do mundo do HP, e a magia dos filmes antiga está presente aqui, e te trás uma sensação boa.
Felizmente, Os Segredos de Dumbledore é uma correção de curso pra essa franquia, graças as performances cativantes, e graças ao mundo mágico envolvente. Mas as cenas de ação são fracas, e o roteiro é embasado em um jogo político mal montado. Principalmente quando vemos a pequena participação da Maria Fernanda Cândido como a Vicência Santos, que tem somente duas falas no filme. Mas ainda assim tem um papel relevante pra trama central.