A Maldição do Espelho é um longa que não agrada muito.
Ao longo dos últimos anos, diferentes estúdios de cinema tentam a todo custo suprir os pedidos numerosos dos fãs para os filmes de terror. A final o gênero é um dos mais amados da sétima arte. Mas não importa quanto tempo passe ainda vemos muitas produções extremamente previsíveis, mal aproveitadas e com muitos clichês deixando os admiradores insatisfeitos.
O longa A Maldição do Espelho (Queen of Spades: Through the looking glass), é esse tipo de filme que não agrada muito.
A trama se passa logo depois de um acidente de carro, no qual deixa Olya (Angelina Strechina, In The Blood – 2018) e seu meio irmão Airtom (Daniil Izotov, Robô – 2019) desamparados, por isso acabam sendo levados para uma antiga mansão do séculos XIX atualmente um internato particular, no qual passaram a viver com outros jovens e terão que aprender a lidar com suas mágoas e problemas familiares.
Apesar disso, algumas coisas começam a acontecer com Airtom o que fez sua irmã e seus novos colegas encontrarem uma antiga sala de rituais dentro de seu colégio, depois de mexerem em tudo acabam se deparando com a marca da Rainha de Espadas, não demorou muito para entrarem na brincadeira e iniciarem os pedidos ao espírito, mas o que eles não sabiam era o valor a ser pago. Algumas coisas muito estranhas começam a acontecer fazendo o grupo de amigos ficarem atentos e buscarem mais informações sobre a “inocente” brincadeira do espelho.
O filme em alguns momentos consegue prender a atenção do público e até nos envolve com os personagens.
Os instantes prazerosos do filme são sempre muito rápidos e cortados de uma maneira seca – a não ser as tentativas para assustar o público que muitas vezes são falhas. Uma diferença de A Maldição do Espelho para outras adaptações da mesma lenda, é a forma que a história sobre a origem da Rainha é abordada no filme. O longa acaba apresentando duas versões, para uma só história.
A Maldição do Espelho também consegui trazer algumas críticas a sociedade de uma maneira secundários, mas importante sobre algumas relações familiares que estão muito abaladas devido a dificuldade das pessoas a se desvincular do mundo eletrônico e suas carreiras, a aceitação de uma maneira geral (física, mental e social) e claro a perda de uma pessoa muito próximas.
Apesar do filme não ser extremamente original, inovador e deixar muitas dúvidas ele acaba sendo um excelente filme para curtir com aquele amigo que não gosta de levar susto ou um passeio a tarde, mas já avisando aos fãs do gênero não esperem um grande filme, porque não é esse.
Estefania Goto