A Lista Terminal, só comprova que a Amazon Prime Vídeo encontrou seu nicho, e vai tirar até a última gota dele.
Tanto é que se você gostou de Reacher você vai curtir essa nova série.
As duas compartilham o mesmo tom frenético de ação, tem intrigas, tiros, traições, vingança, e tudo isso entrelaçado, com uma história sinuosa, e as vezes clichê. Mas tudo nós leva pra um único lugar dramático, onde o Chris Pratt se torna o grande salvador branco.
Na trama a equipe do SEAL da Marinha James Reece ( Chris Pratt ), é mandada pra uma missão que dá errado, todos esses homens morrem. Esse nosso protagonista que é um homem de família respeitoso, acaba perdendo mais pessoas a sua volta. Depois disso ele percebe que ninguém tá contando a verdade pra ele, e que tem muita merda debaixo do tapete, e que ele tá servindo de bode pra algum plano de alguém. Com isso ele embarca em uma jornada pra se vingar, e ele quer chegar a fundo nos responsáveis que acabaram com a sua vida. Vai matar todos que entrarem no caminho dele, já que ele não tem nada a perder.
Essa é basicamente a premissa central dessa série, que é baseada no primeiro livro da saga A Lista Teminal (do Jack Carr), lançada em 2018, que eu não lí. Mas eu sei que muito da série foi retirada da Livro, assim como Reacher.
A Amazon tá amando fazer adaptações de séries de ação, que tenham a proposta vingança.
Alías enquanto eu assistia essa série eu só pensava que A lista Terminal é a Revenge cheia de hormônios, Emily Thorne sentiria Orgulho do Reece. Já que os dois tem uma vibe de vinhaça parecida.
A propósito, agora que eu mencionei Revenge. Essa nova série da Amazon é um novelão de ação. Percebem que o Reece vai aos poucos descobrindo os responsáveis por acabarem com sua vida, e vai anotando em sua lista, e riscando os nomes a medida que mata eles.
Mas não só essa perseguição acontece, como também vemos aos poucos, a correspondente de guerra Katie Buranek (Constance Wu) entrando nessa trama pra apimentar a vida do Reece. A Wu tá fora da zona de conforto dela, mas se destaca demais com essa personagem. Vocês vão notar que ela entrega uma performance ótima que faz com que essa história flua e a personagem cresça de uma forma gradativa, e ganhe um bom destaque em seu enredo unitário. Entretanto a trama dela alavanca muito quando o caminho dela e do Reece colidem.
Por falar em caminhos colidindo, a série coloca em cheque mate, no conceito de ser patriota, e de querer salvar seu país a todo custo.
Sendo que todo momento você se pergunta. Eu me importo com o meu pais! Mas será que ele se importa comigo? A resposta disso move o Reece, e faz as ações dele se tornarem compreensivas. Até mesmo algumas pessoas que entram no caminho dele podem não parecer ameaçadoras, mas muitos lobos estão em pele de cordeiro, e a série explana isso bem. Critica fortemente o sistema militar americano.
Porém sinto em dizer que mesmo o Chris Pratt tendo seu carisma único, ele não me passava tanta emoção em algumas cenas dramáticas, entretanto, ele entregava tudo de sí nas cenas de ação, e falando da cenas de ação, provavelmente todos vão ficar satisfeitos, com a violência da série, temos tiro, porrada, explosão. Temos também algumas cenas gratuitas, que as vezes pareciam estar alí só pra entregar testosterona pros espectadores.
As participações especiais de alguns atores fazem valer a pena algumas sequências de ação gratuitas.
A Lista terminal é mais uma série de pancadaria da Amazon, que tem um começo bom, tem umas escolhas clichês no meio do caminho, mas eles fazem um final tão explosivo, que eu já imagino que muita gente vai falar “nossa mano que série foda”.
A série é boa, mas é mais do mesmo. A trama é baseada em um livro que parece clichê. O desenrolar da história aqui na série tem um rumo super esperado, e mesmo que o final compense a doida jornada de 8 episódios, ainda assim é uma série que fica na média, e não é ruim. Mas também não é maravilhosa.