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Crítica | A Caminho de Casa (2019)

Baseado no livro homônimo de W. Bruce Cameron, A Caminho de Casa (A Dog’s Way Home, título original), conta a história de Bella, uma cachorra da raça Pitbull que nasceu em um terreno abandonado, onde teve sua família levada pelo controle de animais. No meio daqueles escombros da casa abandonada ela vivia em meio a gatos, até que Lucas, um estudante de medicina veterinária que sempre passava por lá para alimenta-los, gostou dela decidindo adotá-la.

Lucas (Jonah Hauer-King) and Bella (Amber) in Columbia Pictures’ A DOG’S WAY HOME.

O mais interessante do filme, é que quem narra à história inteira é a própria Bella, só que sem fazer o uso à alusão de que os animais falam, ou seja, durante todo o filme, Bella conta a história em primeira pessoa e isso funciona muito bem, tornado o filme mais interessante e tendo um diferencial de alguns outros filmes que podiam ser parecidos.

Nos levando a imagens cada vez mais lindas e com paisagens incríveis, fazendo da fotografia algo muito bom a se destacar, o filme nos emociona em vários momentos, fazendo a gente refletir sobre nossas atitudes com o próximo, seja ele um animal ou um ser humano, e tendo uma ligação de como os animais se sentem de uma forma engraçada, com isso, temos noção do quanto esses seres adoráveis nos escolhem e o quanto nos amam ao mesmo tempo sem pedir nada em troca. E esse é um assunto interessante abordado em segundo plano no filme, pois Lucas trabalha como voluntário em um hospital local, onde acontecem terapias em grupo, e levando Bella numa sessão, podemos ver o quanto um cachorro colabora em um ambiente assim.

(l to r) Terri (Ashley Judd), Bella (Shelby) and two Vets (Rolando Boyce and Annie Nelson) in Columbia Pictures’ A DOG’S WAY HOME.

Sendo levada para casa de amigos para uma cidade a 600 km de Lucas, tudo isso para não ser pega pelo controle de animais e possivelmente sacrificada baseada numa lei em que não se pode criar Pitbull na cidade, Bella não se conforma com a distância e foge tentando reencontrar Lucas, com isso, ela passa por várias coisas e nos emocionando cada vez mais. Nesse aspecto, o diretor Charles Martin Smith, nos mostra que nem sempre é preciso uma interpretação humana eficaz para fazer uma história boa ou ter um ter um roteiro emocionante, já que a personagem principal é uma cachorra que conta sua própria história, e os humanos como Lucas e sua mãe, acabam ficando como coadjuvantes.

Lucas(Jonah Hauer King), Bella (Shelby) and Terri (Ashley Judd) in Columbia Pictures’ A DOG’S WAY HOME.

Contudo, o filme vai muito além de uma simples história de um cão perdido e seu dono, nos conduzindo a memórias emocionantes e até mesmo de reflexão própria, principalmente se quem o assiste possui animais de estimação.

Vitor Henrique

Estudante de biomedicina, paulistano típico e viciado em filmes e séries sendo loucamente apaixonado pela sétima arte ao extremo e apreciador de fotografia.

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Vitor Henrique

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