Ad Astra – Rumo Ás Estrelas | Entenda o Filme e o Final Explicado (Roy conseguiu cumprir a viagem?)

Ad Astra – Rumo Ás Estrelas apresentou um final bem água com açúcar, mas o que ele significou ?

O astronauta Roy McBride ( Brad Pitt ) é enviado em uma missão ultrassecreta para encontrar seu pai, o homem que pode ser responsável por uma série de surtos de poder catastróficos que ameaçam a própria existência da humanidade. O pai do Roy é o astronauta H. Clifford McBride (Tommy Lee Jones), que desapareceu 13 anos antes durante uma missão inovadora para explorar o potencial de vida inteligente no espaço profundo. Embora Clifford pareça estar vivo, ele também suspeita estar perto de Netuno, a aproximadamente 2,714 bilhões de quilômetros da Terra.

Acontece que Clifford realmente não desapareceu. Sua missão, conhecida como Projeto Lima, não encontrou nenhuma evidência de alienígena. Recusando-se a aceitar o resultado, Clifford assassinou sua tripulação em vez de deixá-los voltar para casa sem respostas, uma tragédia que foi encoberta pelo programa espacial do governo para evitar qualquer constrangimento. Em vez disso, ele e o restante do Projeto Lima foram declarados heróis, desaparecidos em ação e supostamente mortos. Mas quando surtos de energia decorrentes do Projeto Lima começam a causar grandes baixas em toda a galáxia, a existência contínua de Clifford se torna impossível de ignorar e Roy é enviado para fazer contato.

Então começa uma missão que leva Roy da lua a um bunker subterrâneo em Marte, tudo em busca do seu pai.

No final o Roy pega uma nave espacial pro Projeto Lima, descartando o último quando não puder pousar devido a danos – ele terá que encontrar outro caminho de volta. Uma vez na câmara, ele encontra uma série de cadáveres da equipe do Projeto Lima assassinados por seu pai e, finalmente, chega ao laboratório principal, onde coloca uma bomba nuclear (convenientemente dimensionada como uma arma portátil) para destruir o poder anti-matéria a nave – a causa dos surtos. É então que Clifford finalmente surge das sombras.

Os dois nunca tiveram a chance de estar perto. De fato, ao longo do filme, Roy não está tanto lamentando lembranças específicas de seu pai, como é a total ausência delas. Mas o que está imediatamente claro é que, enquanto Roy se arrepende do que poderia ter sido, Clifford não. Tão fanático por sua busca pela vida fora da Terra, ele é imune àquele que deixou para trás. No entanto, com essas palavras, uma nova conexão é forjada entre eles. Eles são, finalmente, cortados do mesmo tecido. São homens ambiciosos e trabalhadores no auge de sua profissão. A reação de Roy faz com que Clifford o veja sob uma nova luz – como um parceiro espacial em potencial, e não como uma conexão humana onerosa.

Quando eles começam a flutuar para longe da nave, Clifford grita com Roy para deixá-lo ir, enquanto o último tenta puxar seu pai de volta à segurança. Após um momento tenso, no entanto, ele corta a corda, liberando seu pai de um futuro com o qual não pode lidar e cortando laços com seu próprio passado quebrado. Ao deixar seu pai flutuar fisicamente ao longe para morrer, Roy está aceitando que ele não precisa ser como ele. Ele pode abraçar uma existência emocional mais completa, dependendo dos outros para conforto e alívio.

Usando um pedaço do Projeto Lima como escudo, Roy flutua de volta para sua própria nave, bem a tempo de usar o poder da explosão nuclear como uma maneira de lançá-lo de volta à Terra. É (literalmente) uma longa jornada do abismo mais escuro em direção à luz do sol, que corre paralela ao estado mental de Roy. Ele não vai mais se esconder nas sombras do seu passado.