A Família Mitchell e a Revolta das Maquinas traz uma aventura divertida, colorida e despretenciosa, e esse filme é atualmente a melhor animação na Netflix.
Os responsáveis por Homem Aranha no Aranhaverso, Phil Lord e Christopher Miller, produziram esse filme. Juntos com a dupla de roteiristas e diretores responsáveis por Gravity Falls, que é uma das melhores séries animadas do Disney Channel.
Um dos maiores destaques de A Família Mitchel e a revolta das Maquinas é a mistura dinâmica de 2D, 3D, rabiscos de desenho, além de vídeos live-action. Ees uniram diversas formas em uma única animação e deu super certo. Mas não para por ai, já que a trama do filme é incrivelmente bem desenvolvida.
Os Mitchells são uma família disfuncional e todos vivem nessa época repleta de tecnologia, onde nós estamos mais focados nas telas do celular do que em aproveitar nossa família.
No filme a Jovem Katie Mitchell foi aprovada na faculdade de cinema que ela sempre sonhou em estudar. Quando ela tava pra ir pra essa faculdade de avião, seu pai acaba mudando os planos dela, e transforma essa ida pra faculdade em uma viagem de família. Mas essa viagem é interrompida por uma revolta das maquinas, fazendo assim ela família ser a única que pode salvar a raça humana. Mas eles são forçados a abandonar os aparelhos eletrônicos pra derrotar a Pal, uma IA, que pega ranço da humanidade, depois do seu criador magnata da tecnologia, trocar ela por uma nova versão mais aprimorada, o Pal Max.
A Pal prende os seres humanos em cubos flutuantes, e inicia uma revolução onde as maquinas dominarão, e filme tem uma vibe de 2001, Eu Robo. Nós já vimos essa mesma premissa antes, mas ele reinventa essa trama e entrelaça ela, com os dramas dos Mitchells.
O grande foco é a relação da Katie com seu pai, e por mais que eles dois se adorem, eles não tão sintonizados. Ela ama a tecnologia, ele odeia, e prefere o meio ambiente. Mas ela nasceu nessa geração tecnológica, e usa a tecnologia pra criar seus curtas cinematográficos. Mas seu pai não vê futuro nisso, e isso abala muito a relação dos dois, dai a medida que o filme passa vemos a perspectiva dos dois, sobre diferentes assuntos.
O filme não tem só drama, temos piadas pontuais, que na maioria das vezes funcionam tanto pros adultos quanto pras crianças.
Meu primo de 9 anos que assistiu comigo deu varias risadas com algumas cenas mais visuais. Enquanto eu dava risada com alguns diálogos. Enfim tudo nesse filme funciona perfeitamente bem. Além disso eu fiquei admirando o cachorro dos Mitchell, ele era muito fofinho, e fazia sentido na trama do filme.
A última coisa que preciso comentar pra vocês é que tem uma cena que os Mitchells enfrentam um gigante Furby que por algum motivo tem um chip da Pal, e esse Furby é tão assustador quanto o que eu tinha na criança. Aqui no filme ele fala umas frases macabras que eu até lembrei da minha infância.
Era isso que eu tinha pra falar, eu gostei de absolutamente tudo desse filme. Até as partes surreais funcionam bem aqui… ah e tem uma performance de Live Our Life da Rihanna, que se você for das antigas igual eu, você vai cantar junto, e sentir uma nostalgia.
