1BR é coordenado por personagens e nesse post vamos falar sobre o final do filme.
O filme explora as noções distorcidas dos cultos e leva a um final bastante ambíguo. Portanto, se algum aspecto da história do filme o deixou confuso, aqui talvez você tire suas dúvidas.
O livro “O poder da comunidade” escrito por Charles Ellerby é quase que o Manual de regras daquela comunidade. Durante uma noite a Sara acorda com seu alarme de fumaça e encontra seu gato queimando no forno.
Depois disso, ela é trancada em um espaço fechado, e é torturada psicologicamente e fisicamente. Depois de muito sofrer a Sara se torna um membro da comunidade e começa a obedecer as regras fundamentais que foram derivadas do livro de Charles Ellerby: Altruísmo, Abertura, Aceitação e Segurança.
Com isso, não podemos deixar de imaginar quem é Charles Ellerby e por que todos estão seguindo cegamente um “sistema” criado por ele. Charles Ellerby aparece como um cientólogo que tem noções ilusórias de criar um mundo sem falhas.
Mais tarde, é revelado que o processo de iniciação que Sarah passa é algo que foi usado em todos antes de serem aceitarem como membros da comunidade, isolamento, dependência e pavor são os métodos de tortura que a comunidade usa pra doutrinas seus novos habitantes.
Isso explica por que Sarah primeiro ouve esses barulhos nos canos. A falta de sono a deixa extremamente exausta e isso marca o início de seu colapso.
O terceiro ato final do filme é sobre a resistência da Sarah.
Depois que sua velha amiga de trabalho teve a oportunidade de ficar no complexo de apartamentos, a Sara avisa os outros membros do culto que ela é extremamente resistente.
A Sara entra em conflito com o Jerry e a Lisa (amiga da Sarah), leva um tiro na briga. A Sara então finalmente reúne coragem pra matar o Jerry e escapar da comunidade. Enquanto ela faz isso, o Lester ajuda ela a escapar e isso mostra que nem todos do culto aceitaram a lavagem cerebral. Depois de escapar de seu prédio fechado, a Sarah chega na rua e vê um logotipo muito familiar em um outro complexo de apartamentos na mesma rua.
Ela percebe que é o mesmo logo do carimbo que foi impresso na orelha dela. Logo, depois um alarme começam a tocar em todos os prédios de apartamentos que a cercam, e ela percebe que todos eles estão sob a influência sobre uma comunidade ideal. Ela também lembra que, em seu próprio prédio, eles estavam sempre sob vigilância.
Isso explica que uma força maior está em jogo aqui e os limites do culto não estão confinados só naquele complexo dela.
O final
Na cena final, a Sara fecha os punhos, solta uma risada e sai correndo daquele lugar. O final basicamente mostra como a Sara não é mais a mesma pessoa. Sua experiência com o culto a fez perceber que ela precisa se defender e aprender a dizer não quando necessário.
No geral, o filme e sua ênfase em Los Angeles aludem ao grupo Synanon do Charles Dederich, que era um culto infame violento semelhante. Além disso, é bem semelhante ao ‘Vivarium‘, em alguns aspectos.
Tudo serve como uma alegoria pra mostrar que as vezes os sonhos pelas quais as pessoas se dedicam a adquirir uma vida ideal, serve apenas pra finalmente perceber que não é algo que elas desejam.