Semana passada tivemos um episódio tocante de Doctor Who que abordou o racismo nos em 1950 comparando com o que vivemos em 2018, que nos contou a história de Rosa Parks, que lutou pelos direitos civis dos EUA.
E essa semana fomos de um fato história para aranhas gigantes, e uma critíca a politica americana “que na versão dublada para o português brasileiro, temos um comentário ao nosso presidente Bolsonaro“! E essa facilidade de mudar o enredo a cada episódio,passando do real para o surreal sempre foi o ponto forte do seriado. O enredo do episódio segue o Doutor (Jodie Whittaker) e o “time TARDIS” caçando e sendo perseguidos por enormes aranhas rastejantes por 50 minutos, mas nem todo episódio tem que ser um épico emocional. Mas mesmo que os rastejantes sejam um ponto essencial para mostrar a compaixão do doutor, também temos uma critica politica escondida, e parece que esse episódio foi escrito especialmente para nós brasileiros.
Nosso Doutor traz nossos viajantes da TARDIS de volta a Inglaterra mas ele não quer ir embora tão rápido e Yaz chama o Doutor para tomar um cafezinho, nesse episódio podemos ser introduzidos a família da personagem conhecemos até mesmo sua casa, e o seu famoso cafezinho pois vocês lembram que a dois episódios atras antes de “Rosa” estava meio que receoso, por conta da personagem Yaz (Mandip Gill) não ter um foco, e assim não ser aprofundada, isso começou a mudar no episódio passado, e nesse o foco foi internamente nela e em sua família. Depois da semana passada, Bradley Walsh nos apresenta novamente sua veia dramática, quando vai até seu apartamento para relembrar de Grace (Sharon D Clarke) que aparece em seus pensamentos, até Graham finalmente chegar a um acordo com sua dor. São momentos comoventes como este, e uma cena posterior em que Ryan (Tosin Cole) pesa seus sentimentos sobre seu pai ausente.
Ravin J Ganatra e impressionam como o pai de Yaz e Bhavnisha Parmar com a irmã sarcástica, mas não ganham um tempo merecido para se aprofundarem, e mesmo Najia (Nhobna Gulati) mãe de Yaz desaparece em algumas cenas e também não é aprofundada Ditto Tanya (Jade McIntyre) é uma especialista em aracnídeos que se mostra uma conhecedora do obvil, e somente Jack Robertson (Chris Noth), consegue se destacar como um magnata focado no lucro. Ele é tratado na versão original como uma personificação do Trump (“Por que você não faz o que pessoas normais fazem – consiga uma arma, atire em coisas como uma pessoa civilizada?”), mas já na versão dublada, o episódio fazem varias referencias ao “Bonso” como é dito no episódio para “Bolsonaro”
E no final do episódio a critica fica ainda mais pesada quando vemos Robertson, sair ileso de todos os acontecimentos e trambiques que aconteceram naquele hotel, foi uma critíca aos presidentes que erram toda hora e ninguém faz nada, eles escapam ilesos e ficam impunes.
Tirando toda a critica politica escondida, o episódio das Aranhas se tornou um episódio morno para a longa jornada do Doutor, ele provavelmente será lembrado como um episódio que foi exibido depois do ótimo “Rosa”. E o episódio só nos fez mostrar como o Time TARDIS, “como já sabíamos” iam ficar com o Doutor. E cada um por um motivo Graham e Ryan como um escape pela perda de Grace e Yaz e poder conhecer melhor o universo e sair um pouco de perto da sua estranha família.
"Uma grande critica política, sutil e disfarçada com aranhas gigantes"
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