Hilary Duff interpreta Sharon Tate nesse filme sobre relatos feitos pela titular, antes dos infames assassinatos realizados pela Família Manson.
Daniel Farrands, é o responsável por essa dramatização de horror dos acontecimentos brutais ocorridos cinquenta anos atrás com Sharon Tate pela Família Manson. O ano era 1969 e Tate e outras vítimas foram brutalmente mortas e no filme o diretor/escritor Farrands quer apresentar os fatos relatados pela mesma em uma entrevista anos antes de morrer, onde ela conta sobre os sentimentos que tinha e que sua morte estava próxima, mas ao decorrer do longa os péssimos efeitos e a história meio confusa deixam o filme meio sem um norte.
No começo e no final do longa temos uma representação da real entrevista em preto-e-branco que ocorre em agosto de 1968, onde Sharon explica que ela tinha uma visão onde ela e Jay Sebring (Jonathan Bennett) – o famoso cabeleireiro da época – morreriam assassinados. Então começamos com Tate gravida retornando para Los Angeles enquanto seu marido, Roman Polanski, ficou em Londres para trabalhar em seu próximo filme (O Bebê de Rosemary). Então na nova casa Tate começa a imaginar que está sendo perseguido por um homem chamado Charlie e seu culto estranho, enquanto seus amigos que estão morando com ela na casa tentam convencê-la de que ela está apenas sendo paranoica. O filme tenta se apoiar em visões e sensações e aponta que a vida de Sharon foi pre determinada assim como vemos no jogo de adivinhação onde ela pergunta se vai viver uma vida longa e feliz – e a bola aponta para o “não”.
O filme não tenta ser realista ele tenta se abster totalmente da realidade – mesmo quando apresenta as mortes brutais do culto de Manson – Farrands mostra um longa de invasão domiciliar e retrata a corajosa Sharon que luta por sua vida e a vida de seus amigos. No entanto, si ele mostra somente três dias de Tate e seus amigos morando na casa do produtor de discos Terry Melcher, onde Manson (Ben Mellish) começa a assombrar os pensamentos dela em vultos e sombras no espelho como um fantasma que até começa a surgir em músicas tocadas no sintetizador da casa. Esse filme é na verdade um terror ao estilo de Sexta-Feira 13, um longa que tenta atingir um caso real mas acaba sendo só mais um slasher.
Duff entrega uma boa atuação, e mas o roteiro não ajuda muito na construção do caso real, até por que a realidade e o universo alternativo das visões de Sharon são enroladas em um enredo continuo e isso deixa o espectador as vezes um pouco perdido e sem rumo no contexto geral dos acontecimentos. Porém a ambientação e a direção estão coniventes com a época – mesmo que os efeitos de sangue e a cena em especifico que dão um foco desessencio na cara de Duff deixam a trama um pouco desagradáveis – o filme se sustenta como um longa para a nova geração que ainda não conhecia o caso Tate procurar e descobrir os reais acontecimentos. E a cena final da aceitação de sua morte – já esperada – é até que um final inesperado e diferente.